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Emprego na indústria cresce em dezembro pela 1ª vez desde 2011

Número de trabalhadores no setor registrou aumento no mês pela primeira vez desde início da série histórica, segundo a CNI

Economia|Pietro Otsuka, do R7

Número de trabalhadores na indústria cresce pela primeira vez desde início da série histórica
Número de trabalhadores na indústria cresce pela primeira vez desde início da série histórica

O número de trabalhadores empregados na indústria brasileira registrou crescimento em dezembro pela primeira vez desde o início da série histórica, em 2011. O índice de evolução ficou em 50,5 pontos, segundo a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta quinta-feira (21) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

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Valores acima de 50 pontos indicam aumento no emprego em comparação com o mês anterior. Valores abaixo indicam queda. Quanto mais distante dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a variação.

Se o número de empregados na indústria cresceu em dezembro, o mesmo não pode se dizer sobre a produção. Segundo a pesquisa, a produção industrial quebrou uma sequência de seis meses consecutivos de crescimento. O índice de evolução ficou em 46,8 pontos, o que reflete queda na comparação com o mês anterior. 


De acordo com a CNI, a queda era esperada, pois o final de cada ano é um período que, normalmente, observa-se uma queda na atividade industrial. No entanto, a queda foi menor do que o constatado em anos anteriores.

Falta de insumos

A falta de insumos continua a ser a grande pedra no sapato da indústria brasileira. No quarto trimestre de 2020, a falta ou alto custo da matéria prima, que já era o principal problema para o setor no trimestre anterior, cresceu de importância e foi assinalda por um percentual ainda maior de empresas. 


O percentual de indústrias que afirma ter problema com falta ou custo elevado de insumos cresceu de 57,8% no terceiro trimestre, para 64,3% no último trimestre. Ou seja, duas a cada três indústrias sofrem com esse problema.

A carga tributária, considerada elevada pelos donos de indústrias, segue na segunda posição, assinalada por 38,6%, um aumento de 1,4 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior.


Otimismo

Segundo a pesquisa, todos os índices de expectativas se mantiveram estáveis, com pouca variação, em patamares elevados, isto é, acima da linha divisória de 50 pontos. Ou seja, isso indica que os empresários seguem otimistas quanto ao crescimento da demanda, quantidade exportada, número de empregados e compra de matérias-primas nos próximos seis meses.

O índice de expectativa para demanda variou 0,2 ponto percentual entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021 e ficou em 58,1 pontos. Já as expectativas quanto a compra de insumos e matérias-primas também ficaram estáveis, com variação de 0,4 p.p, indo para 57,1 pontos.

O indicador relativo a expectativa de número de empregados também variou muito pouco, passando de 53,5 para 53,3 pontos.

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