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Endividamento das famílias com o sistema financeiro cai para 47,7% em setembro

Em agosto, essas dívidas eram de 48%, diz o Banco Central, mas o recorde da série histórica foi em julho de 2022, de 50,1%

Economia|Do R7

Endividamento das famílias com bancos caiu em setembro
Endividamento das famílias com bancos caiu em setembro

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro fechou o mês de setembro em 47,7%, abaixo do que foi registrado em agosto, 48,0%. O recorde da série histórica do BC (Banco Central) ocorreu em julho de 2022 (50,1%). Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento no nono mês de 2023 ficou em 30,2%, contra 30,4% em agosto.

Setembro foi o terceiro mês de operações do Desenrola Brasil, o programa federal de renegociação de dívidas. Na primeira fase do programa, iniciada em 17 de julho, foram renegociadas as dívidas bancárias de consumidores que ganham até R$ 20 mil mensais, sem garantia do Tesouro Nacional.

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Além disso, os nomes de pessoas que tinham dívidas de até R$ 100 nos bancos foram "desnegativados" automaticamente, mas sem o perdão dos compromissos.

A segunda fase, voltada a quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640), começou no fim de setembro, e parte das dívidas têm garantia do Tesouro.


Segundo dados do BC, as famílias chegaram ao fim de setembro com 27,4% de sua renda comprometida com o SFN (Sistema Financeiro Nacional); no mês anterior, o porcentual era de 27,5%. O recorde dessa série foi registrado em junho de 2023, com 28,4%.

Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 25,4%, registrado no oitavo mês deste ano, para 25,3% em setembro.

Inadimplência com os bancos

A taxa de inadimplência em operações de crédito livre com bancos passou de 4,8% em setembro para 4,9% em outubro, informou o BC. Para as pessoas físicas, a essa taxa se manteve em 5,9% de um mês para o outro e, no caso das empresas, ela variou de 3,4% para 3,5% no período.

A inadimplência do crédito direcionado, volta a recursos da poupança e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), passou de 1,5% para 1,4% em outubro ante setembro.

Já o dado que considera o crédito livre somado ao direcionado mostra que a taxa de inadimplência recuou de 3,5% para 3,4% em outubro.

Operações de crédito

Nas operações de crédito, o spread, que é a diferença entre os juros que os bancos pagam e os que eles cobram dos clientes, apresentou redução em outubro. Dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo BC mostram que o spread bancário médio no crédito livre passou de 32 pontos porcentuais em setembro para 30,7 pontos porcentuais em outubro.

No segmento pessoa física, o spread passou de 45,8 para 43,7 pontos porcentuais de um mês para outro. Para pessoa jurídica, o spread médio oscilou de 11,7 para 11,6 pontos porcentuais, também na passagem de setembro para outubro.

O spread é calculado com base na diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais (famílias e empresas) em operações de crédito.

O spread médio do crédito direcionado oscilou de 4,8 para 4,9 pontos porcentuais na passagem de setembro para outubro.

Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 21,2 para 20,3 pontos porcentuais entre os dois meses.

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