Estado de São Paulo concentra mais pessoas com trabalho do que toda a região Nordeste
Ao todo, 24,4 milhões de brasileiros ocupados vivem no estado, 2 milhões a mais do que na região nordestina
Economia|Do R7, em Brasília
Das 100,7 milhões de pessoas com trabalho no país, 24,4 milhões vivem em São Paulo, estado que, segundo o Censo 2022, tem 44,4 milhões de pessoas. O estado concentra a maior parte da força de trabalho brasileira e ultrapassa a região Nordeste inteira, que tem 22,4 milhões de trabalhadores entre os 54,6 milhões de habitantes. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) Características adicionais do mercado de trabalho, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (21).
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Em segundo e terceiro lugar, aparecem Minas Gerais, com 10,8 milhões, e Rio de Janeiro, com 8,1 milhões de pessoas ocupadas. Nos últimos lugares, estão Roraima, Acre e Amapá, com 262 mil, 316 mil e 391 mil pessoas com trabalho, respectivamente.
No recorte por região, o Sudeste concentra a maior quantidade de pessoas com trabalho no país – 45,4 milhões, no total. A região vem registrando crescimento nos últimos anos. Em segundo lugar, aparece o Nordeste, com 22,4 milhões de pessoas ocupadas. Apesar do número alto, a região nordestina teve queda em relação a 2022.
Em seguida, estão o Sul, com 15,9 milhões, o Centro-Oeste, com 8,7 milhões, e, em último lugar, o Norte, com 8,1 milhões de brasileiros com trabalho.
Setor privado x setor público
Segundo o estudo, em 2023, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado voltou a crescer, alcançando o maior número da série (37,7 milhões). O valor corresponde a 37,4% da população ocupada – ante os 36,3% no ano imediatamente anterior.
Já os empregados sem carteira assinada no setor privado atingiram 13,3% em 2023, queda de 0,3 ponto percentual em um ano. Apesar da queda, essa estimativa continua sendo uma das maiores da série histórica.
Os empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar), por sua vez, mantiveram sua participação em torno de 12% em 2023, equivalente a 12,2 milhões de trabalhadores.
O levantamento também mostra que os trabalhadores domésticos somaram 6% dos ocupados, mesmo percentual de 2022. Já os empregadores registraram queda e chegaram a 4,3% no ano passado.
Com o mais baixo percentual de participação na ocupação, o trabalhador familiar auxiliar atingiu 1,4%. Esse grupo segue em queda desde o início da série, em 2012.
Escolaridade
Em relação ao nível de escolaridade, em 2023, a maior parte das pessoas ocupadas (43,1 milhões) tinham ensino superior incompleto. Outros 23,2 milhões tinham superior completo.
O IBGE também mostra que 20,2 milhões dos brasileiros ocupados não tinham instrução ou tinham o ensino fundamental incompleto. Outros 14,1 milhões tinham apenas o ensino médio completo.