Estoque de empregos no Brasil é o maior desde 2015, aponta Rais
Geração de vagas formais de trabalho no Brasil cresceu 2% em 2019 e totalizou 47.554.211 empregos com carteira assinada
Economia|Do R7
O emprego formal cresceu pelo terceiro ano consecutivo no Brasil em 2019 e atingiu o maior estoque desde 2015, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (26), pela Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério da Economia.
No ano passado, o mercado de trabalho com carteira assinada totalizou 47.554.211 empregos, número 1,98% (923.096) maior que o de 2018, quando o estoque estava em 46.631.115.
Leia mais: Brasil abre 249.388 vagas formais no melhor agosto desde 2010
Já em relação a 2010, o crescimento foi de 7,9% (3.485.856). No início da década o estoque de trabalhadores formais era de 44.068.355. Com as movimentações, o mercado de trabalho alcançou o quarto maior estoque de postos desde o início da série histórica, iniciada em 1985.
Leia também
Do total de vínculos formais de 2019, 18% eram estatuários, 79,3% celetistas e 2,7% possuíam outros tipos de vínculos, como aprendizes, contratos temporários, trabalhadores avulsos, entre outros.
O estoque de vínculos com contrato de trabalho intermitente foi de 156.756, o que representa um aumento de 154% em relação ao ano anterior. Já os vínculos de trabalho em tempo parcial totalizaram 417.450, um crescimento de 138% em relação a 2018.
Em termos salariais, a remuneração média recebida pelos trabalhadores em 2019 foi de R$ 3.156,02, valor 1,3% menor do que os R$ 3.198,05 pagos aos profissionais em 2018.
Perfil
De acordo com os dados da Rais, 56% dos trabalhadores formais é homem, 49,8% tem o ensino médio completo e 30,7% tem idades entre 30 e 39 anos. Cerca de 39% se declaram brancos e 1,1% alegam ter algum tipo de deficiência.
Em 2019, no entanto, houve crescimento no volume de pessoas que se declaram pretas (+5,61%) e pardas (+3,22%) em relação a 2018. Também se observa aumento relativo mais expressivo no número de vínculos para pessoas acima de 60 anos, 7,56%. Já na faixa de 40 a 49 anos, a variação cresceu 3,68%.
Para grau de instrução, verifica-se aumento relativo da quantidade de vínculos para as categorias de maior escolaridade: ensino médio completo (+3,88%), superior incompleto (+5,86%) e superior completo (+1,5%).
Entre os estrangeiros, os haitianos são maioria (58.434), seguidos por venezuelanos (19.746) e paraguaios (9.384). Também foi notado um expressivo aumento de estrangeiros naturalizados brasileiros, que saltou 190% entre 2018 e 2019, passando de 7.957 para 23.135.