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Exportação de café do Brasil cai 20% em outubro diante de tarifas dos EUA, diz entidade

Entre agosto e o fim de outubro, período de vigência do tarifaço, exportações caíram 51,5%, segundo Cecafé

Economia|Da Reuters

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A exportação de café do Brasil caiu 20,4% em outubro em relação ao ano passado, totalizando 3,83 milhões de sacas.
  • O Cecaféc revelou que a redução é atribuída a uma safra abaixo do potencial e tarifas de 50% impostas pelos EUA.
  • A receita do setor cresceu 12,6% para US$ 1,654 bilhão, devido a preços mais altos no mercado internacional.
  • Entre agosto e outubro, as vendas para os EUA caíram 51,5%, refletindo o impacto das tarifas sobre os embarques.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Sacas de café em armazém em Guaxupé (MG).
Sacas de café em armazém em Guaxupé (MG) Carla Carniel/Reuters

A exportação de café verde do Brasil em outubro caiu 20,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, com o maior exportador global sentindo os efeitos de uma safra em 2025 aquém do potencial produtivo e das tarifas impostas pelos Estados Unidos, maior importador dos grãos brasileiros, afirmou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café), nesta quarta-feira (12).

Os totais exportados somaram 3,83 milhões de sacas de 60 kg, sendo 3,385 milhões de sacas de arábica, queda de 12,9% na comparação anual, e 446,7 mil sacas de café canéfora, tombo de 51,9%, segundo números do Cecafé.


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As exportações totais, incluindo o café industrializado, fecharam em 4,14 milhões de sacas em outubro, redução de 20% ante o mesmo período do ano passado, quando os embarques superaram 5 milhões de sacas, um patamar recorde.

“O recuo das exportações era aguardado, principalmente por virmos de remessas recordes em 2024 e de uma safra com menor potencial produtivo”, disse o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira.


“O cenário foi agravado, contudo, pela infraestrutura defasada nos portos brasileiros e pelo tarifaço de 50% imposto pelos EUA, que diminuiu sobremaneira os embarques para esta nação”, acrescentou Ferreira.

Em receita, o setor registrou crescimento de 12,6% ante o mesmo comparativo, para US$ 1,654 bilhão, refletindo as maiores cotações no mercado internacional. No mercado de Nova York, os preços têm sido mais altos por uma escassez gerada pelos menores embarques do Brasil.


No acumulado entre agosto e o fim de outubro — período de vigência do tarifaço de 50% dos EUA sobre os cafés importados do Brasil —, os americanos adquiriram 983.970 sacas, o que representa um declínio de 51,5% ante os mesmos três meses de 2024, segundo o Cecafé.

“O Brasil sempre foi o produtor mais competitivo e é o principal provedor ao mercado de café dos EUA, mas a taxação de 50% torna inviável o envio do produto para lá. Esses embarques que temos observado são de contratos antigos”, disse Ferreira.


De janeiro ao fim de outubro deste ano, o Brasil exportou 33,3 milhões de sacas de café, queda de 20,3% ante os primeiros 10 meses de 2024. Já a receita teve um incremento de 27,6% na mesma comparação, para US$ 12,7 bilhões.

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