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FMI eleva em 3,4 pontos projeção da inflação no Brasil em 2021

O cenário esperado pelo fundo ainda é melhor que a previsão dos economistas ouvidos pelo Banco Central no boletim Focus

Economia|

Inflação dispara no país e deve subir mais
Inflação dispara no país e deve subir mais Inflação dispara no país e deve subir mais

A projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a alta dos preços no Brasil neste ano aumentou de forma expressiva em meio às pressões inflacionárias globais, ao mesmo tempo em que o cenário para o crescimento piorou.

O fundo passou a estimar uma alta de 7,9% do IPCA para este ano, diferentemente de 4,5% em sua última projeção para a inflação, feita em abril. Ao mesmo tempo, aumentou a conta para 2022, de 3,5% para 4%.

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Para este ano, a projeção supera o teto da meta de inflação oficial, mas para 2022 fica dentro da margem de tolerância — o centro da meta do Banco Central para a inflação em 2021 é de 3,75%, e de 3,5% em 2022, sempre com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

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Mesmo com o ajuste, o cenário do FMI para a inflação neste ano ainda é bem mais fraco do que a taxa de 8,59% prevista pelo mercado no último relatório Focus do BC. Para 2022, o resultado esperado pelo fundo também é menor, dado que no Focus os analistas calculam uma alta do IPCA de 4,17%.

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Por sua vez, o BC estima inflação de 8,5% ao final de 2021 e de 3,7% em 2022, enquanto o governo prevê altas do IPCA de 7,9% em 2021 e de 3,75% em 2022.

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"Olhando à frente, a inflação [no mundo] deve atingir o pico nos últimos meses de 2021, devendo retornar aos níveis pré-pandemia até meados de 2022 tanto para economias avançadas quanto para países dos mercados emergentes, e com riscos voltados para cima", disse o FMI no relatório Perspectiva Econômica Global, destacando a necessidade de uma comunicação clara combinada com políticas fiscal e monetária adequadas para contextos específicos dos países.

De olho nas pressões inflacionárias no Brasil, o BC elevou a taxa básica de juros Selic a 6,25% ao ano em setembro, e indicou que vai avançar em "território contracionista" ao dar sequência ao seu agressivo ciclo de aperto monetário para domar uma inflação, que tem se mostrado mais persistente e disseminada.

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PIB

As projeções do FMI para a economia brasileira também pioraram. O crescimento do Produto Interno Bruto foi agora calculado em 5,2% neste ano e em 1,5% em 2022, reduções respectivamente de 0,1 e 0,4 ponto percentual sobre a a última estimativa para o PIB, de julho.

Para o BC, a economia brasileira deverá apresentar um crescimento de 4,7% neste ano e de 2,1% em 2022, ante estimativas do governo de 5,3% em 2021 e de 2,5% no ano que vem.

O cenário do FMI para o Brasil fica bem aquém daquele previsto para os Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento, que inclui o Brasil — o grupo deve ter um crescimento de 6,4% neste ano e de 5,1% no próximo.

Também é bem mais fraco do que as perspectivas para a América Latina e Caribe, de expansões de 6,3% e 3,0%, respectivamente.

O FMI ainda calculou que a taxa de desemprego brasileira ficará em 13,8% neste ano e em 13,1% em 2022, o que representa melhora em comparação às taxas previstas em abril, de 14,5% e 13,2%.

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