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Gastos com notebooks caros salvam ano do setor eletroeletrônico

Como reflexo da pandemia, consumidor brasileiro preferiu modelos melhores para garantir qualidade no serviço de home office

Economia|Marcos Rogério Lopes, do R7

Notebook mais caro, um investimento necessário
Notebook mais caro, um investimento necessário

Os hábitos impostos pela pandemia de covid-19 trouxeram problemas para todos os setores da economia e alguns dados a comemorar. O segmento de eletroeletrônicos, por exemplo, viu o consumidor desembolsar mais dinheiro na hora de gastar com computadores em 2020, afinal nunca o equipamento foi tão útil para a manutenção do seu trabalho.

Setor eletroeletrônico fecha ano com saldo de 9 mil empregos a mais

Além do home office, outra imposição do combate ao novo coronavírus que fez a comercialização de notebooks disparar foi a explosão do ensino a distância, devido ao fechamentos das escolas. 

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Segundo dados do instituto IDC Brasil divulgados pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) nesta quinta-feira (10), o país deve fechar o ano com aumento de 18% na venda de notebooks.


A preferência por aparelhos portáteis e práticos, que você pode levar para vários ambientes, ficou ainda mais evidente. Mesmo diante do apelo que os computadores pessoais ganharam durante a quarentena, desktops deverão vender 24% menos. Os tablets, com poucos recursos, terão 13% de queda.

Esse dado por si só já ajuda a explicar parte da elevação do faturamento do setor de informática, afinal, notebooks custam em média mais do que desktops e tablets.


A busca de qualidade é outra explicação. Dados do IDC mostram que a participação do mercado de PCs (computadores pessoais) em unidades com preços superiores a R$ 3 mil aumentou de 31% em 2019 para 48% em 2020.

Tal procura no varejo ajudou o segmento de informática a ter faturamento 31% maior do que no ano passado, enquanto todos os outros setores da indústria de eletroeletrônicos atingiram 13% de crescimento.


Black Friday de 2020 teve de se adaptar a falta de insumos chineses

Os números parecem altos em todo os casos, mas considerando que o IPP (Índice de Preços ao Produtor), a inflação do setor, ficou em 12% no ano, os empresários de eletroeletrônicos em geral viram apenas 1% de faturamento real a mais, enquanto os do ramo de informática comemoram 19%.

CELULARES

A busca por bons recursos, como áudio e vídeo, e de internet de qualidade, ajudou a alavancar também outra venda, a de celulares.

Apesar de ter caído em 5% a venda de aparelhos em 2020, o faturamento aumentou 19%. 

A justificativa para essa aparente contradição é que os brasileiros optaram pelos modelos mais caros, assim como ocorreu com os notebooks.

Enquanto em 2019, celulares que custavam menos de R$ 1 mil eram 59% dos vendidos, em 2020 foram 30%. Acima de R$ 2 mil eram 10% e passaram para 15%.

Telecomunicações, no entanto, ficou no vermelho em faturamento real. Os 11% a mais de dinheiro que sobraram no caixa das indústrias do setor ficaram abaixo dos 12% de inflação medidos pelo IPP.

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