Guedes diz que arrecadação indica 'retomada vigorosa' do Brasil
Ministro da Economia afirma que desempenho figura R$ 270 bilhões acima do previsto e indica crescimento econômico
Economia|Do R7
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou nesta quarta-feira (25) a maior arrecadação federal desde 2000 registrada no mês de julho e disse que o resultado confirma que o Brasil "está em uma retomada econômica vigorosa".
"O acumulado de janeiro a julho deste ano confirma a nossa hipótese de trabalho", afirmou o ministro ao comentar a coleta de impostos e tributos de R$ 171.3 bilhões no mês passado.
No período acumulado de janeiro a julho de 2021, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1.053.266 trilhão. O valor, 26,11% superior ao IPCA, é também o maior valor para o período desde 2000, de acordo com dados da Receita Federal.
De acordo com Guedes, o resultado acumulado figura R$ 270 bilhões acima do previsto. Ele ressalta, no entanto, que a surpresa é dividida entre o avanço da inflação e também na retomada da produção de bens e serviços no Brasil.
"A verdade é que a inflação subiu 25% em termos reais, já descontada a inflação. Isso é um sintoma inequívoco de um vigoroso crescimento econômico', avaliou o ministro da Economia, que diz haver cinco meses seguidos de recorde histórico.
Para Guedes, os dados da arrecadação comprovam ainda que o Brasil "estava decolando" em janeiro do ano passado, antes da economia ser afetada pela pandemia do novo coronavírus.
Reforma tributária
O ministro aproveitou a oportunidade para sair em defesa da aprovação da reforma tributária. Para ele, a mudança proposta é uma forma de o governo abrir mão de um excesso de arrecadação para "tirar o governo do cangote" dos consumidores e reduzir privilégios.
“Nós queremos reduzir os impostos das empresas. Tem muito empresário contra a reforma tributária por desinformação. Nós queremos reduzir drasticamente [a arrecadação]. Esse aumento real queremos justamente repassar.”
Na avaliação de Guedes, o projeto em tramitação busca remover privilégios do modelo tributário atual que, segundo ele, "fabrica desigualdades ao não tributar juros e dividendos". "Para o governo, seria confortável não fazer a retorma tributária e deixar a máquina de fabricar desigualdades em funcionamento, com ficou ao longo dos últimos 25 anos", analisou.
“Para o nosso governo, é muito confortável ficar parado, acumular esse aumento de arrecadação, possivelmente atingir o superávit já no ano que vem ao invés de nos lançarmos em uma reforma”, destaca o ministro.