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Guedes não descarta imposto sobre transações financeiras

Ministro da Economia defendeu diálogo com o Congresso Nacional para aprovação da reforma tributária que será apresentada na próxima terça-feira

Economia|Do R7

Guedes disse que entregará proposta a Alcolumbre
Guedes disse que entregará proposta a Alcolumbre

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (16), durante sua participação na Expert XP 2020, que a proposta de reforma tributária do governo está pronta e será apresentada na próxima terça-feira (21) diretamente na casa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AL).

Entre os pontos a serem tratados pela proposta, Guedes não descartou a possibilidade da criação de um imposto sobre transações financeiras e diz que há um grande estudo a respeito do tema. "Existem várias transações sobre as quais isso pode não recair", disse o ministro ao negar que o tributo terá os moldes da antiga CPMF.

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Para garantir a aprovação da proposta, Guedes defendeu uma ação conjunta com o Congresso Nacional. "Se eu for começar pelo que nos desune, vai acabar a reforma tributária antes mesmo dela começar”, avaliou.


"Se o presidente da Câmara falar que não vai haver ou que não vai pautar, não vai haver porque ele interditou”, completou Guedes. Ontem, no mesmo evento, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que não existia a possibilidade da criação de novos impostos. "Não interessa ir para o confronto”, disse o ministro.

Guedes também cita ainda que haverá uma elevação dos impostos sobre dividendos e uma queda do Imposto de Renda para pessoas jurídicas.


Ao defender a aprovação da reforma tributária, o ministro classificou o sistema tributário nacional como “um manicômio”. “A proposta já está praticamente pronta há muito tempo. Temos apenas que bater o martelo final para o Congresso debater”, contou Guedes.

Segundo o ministro, o início da reforma será feito com a união do PIS e Cofins em um único Imposto chamado de IVA (Imposto de Valor Agregado), que já teria um acordo entre Executivo e Legislativo.

Questionado ao final do encontro sobre a possibilidade de deixar o governo antes do fim do mandato, Guedes disse que só sai da pasta "abatido a bala ou removido a força". "Tenho uma missão a cumprir", declarou.

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