Indicador Antecedente de Emprego volta a cair e reverte ganho observado no mês de julho
Resultado negativo mostra que ritmo da melhora do mercado de trabalho no Brasil deve ser mais lento, avalia FGV
Economia|Do R7
Depois de atingir o maior nível desde outubro de 2022 em julho , o IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), utilizado para antecipar os rumos do mercado de trabalho no Brasil, recuou 1,1 ponto em agosto, para 76,9 pontos, e devolveu a alta observada no mês anterior.
A variação divulgada nesta terça-feira (5) pela FGV (Fundação Getulio Vargas) confirma um cenário com maior oscilação para o indicador no segundo semestre do ano, avalia Rodolpho Tobler, economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia). "A tendência ainda é favorável, mas o ritmo dessa melhora deve ser mais lento, em linha com as expectativas para o cenário econômico", afirma ele.
Tobler explica, no entanto, que o ambiente de melhora não é instantâneo. "Por mais que aumentem a quantidade de notícias favoráveis como a redução da taxa de juros, o maior controle da inflação, diminuição da incerteza, o impacto no mercado de trabalho não deve ser tão imediato."
Contribuíram para queda do IAEmp em agosto quatro dos sete componentes, com destaque negativo para os indicadores da Situação Atual dos Negócios de Serviços e Tendência dos Negócios da Indústria cujas contribuições foram igualmente negativas, com quedas de 0,6 ponto cada.
Por outro lado, os indicadores de Tendência dos Negócios de Serviços e Situação Atual dos Negócios da Indústria foram que mais contribuíram positivamente com altas de, respectivamente, 0,3 e 0,2 ponto no mês.