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Economia brasileira perde ritmo em janeiro, indica 'prévia do PIB' do BC

Indicador avançou 0,60% no primeiro mês do ano e registra alta acumulada de 2,47% nos últimos 12 meses

Economia|Do R7, em Brasília

Economia perde ritmo e cresce 0,6% em janeiro
Economia perde ritmo e cresce 0,6% em janeiro Marcelo Camargo/Agência Brasil – 05.02.2021

A economia brasileira perdeu ritmo e avançou 0,60% em janeiro, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (18) pelo IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), indicador do BC (Banco Central) conhecido por antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e produtos finais produzidos no país.

Apesar de crescer em ritmo menor, esta é a segunda alta seguida significativa do indicador, já que em dezembro registrou variação positiva de 0,82%. Em novembro, o índice ficou praticamente estável, com alta de 0,01%. 

O resultado levou o IBC-BR aos 148,5 pontos na série dessazonalizada (livre de influências), o maior nível desde abril do ano passado, quando registrou 148,8 pontos.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o resultado de janeiro representa alta de 3,45%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 2,47%.


Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico.

No trimestre encerrado em janeiro, o índice de atividade teve alta de 0,90% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, houve crescimento de 2,37%.


Projeções do Banco Central

Para este ano, o Banco Central estima um avanço de 1,7% da soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil, projeção menor do que a previsão anterior, de 1,8%. A projeção menos otimista "reflete recuo nas estimativas para a agropecuária e para a indústria e ligeira alta na previsão para o setor de serviços", informou a autoridade monetária no fim do ano passado.

Entre os setores, a previsão de crescimento da agropecuária recuou de 1,5% para 1%, reflexo das atualizações em prognósticos para a safra do próximo ano, que passaram a indicar produção agrícola menor do que se previa anteriormente.


Para a indústria, a projeção foi revista de 2% para 1,7%, devido, principalmente, à atualização do carregamento estatístico implicada pela divulgação do dado do terceiro trimestre de 2023. Afeta a expectativa a menor previsão para a indústria extrativa, que deve ser diretamente atingida pelos anúncios que não sugerem altas expressivas para o setor de petróleo e minério de ferro.

IBC-Br e taxa de juros

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 11,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.

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