Economia sobe em dezembro e fecha ano com alta de 2,45%, indica 'prévia do PIB' do BC
IBC-Br, divulgado nesta segunda, antecipa as tendências da geração de riquezas e projeta desaceleração em relação à marca de 2022
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central, considerado a "prévia do PIB" (Produto Interno Bruto), subiu 0,82% em dezembro de 2023, na comparação com novembro. No acumulado do ano, o índice teve alta de 2,45%. Os dados foram publicados pelo BC nesta segunda-feira (19).
Caso o resultado seja confirmado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em indicador previsto para sair em 1º de março, a geração de riquezas do país ficará abaixo da registrada em 2022, quando houve crescimento de 2,9% — depois, o IBGE revisou para 3%.
A "prévia do PIB" vinha em uma sequência de quedas em outubro, setembro e agosto do ano passado, mas, em novembro, recuperou o ritmo positivo e teve leve alta, de 0,01%.
O indicador estima a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE, órgão responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico, que será divulgado na primeira semana de março.
Projeções do Banco Central
Em dezembro do ano passado, o BC elevou de 2,9% para 3% sua aposta de aumento do PIB em 2023. Para 2024, no entanto, o órgão estima um avanço de 1,7% da soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil, projeção menor do que a previsão anterior, de 1,8%.
Para este ano, a projeção menos otimista "reflete recuo nas estimativas para a agropecuária e para a indústria e ligeira alta na previsão para o setor de serviços", afirma a autoridade monetária.
Para a indústria, a projeção foi revista de 2% para 1,7%, devido, principalmente, à atualização do carregamento estatístico implicada pela divulgação do dado do terceiro trimestre de 2023. Afeta a expectativa a menor previsão para a indústria extrativa, que deve ser diretamente atingida pelos anúncios que não sugerem altas expressivas para o setor de petróleo e minério de ferro.