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Ibovespa sobe 1% e alcança máxima histórica com expectativa de juros; dólar cai a R$ 4,91

O índice de referência do mercado acionário brasileiro atingiu 130.807,49 pontos, superando o recorde, de 7 de junho de 2021

Economia|Do R7

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9155
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9155

O Ibovespa fechou em alta de cerca de 1% nesta quinta-feira (14), renovando máximas históricas, ainda embalado pela perspectiva de queda de juros nos Estados Unidos no próximo ano e pela manutenção no ritmo de afrouxamento monetário no Brasil.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,04%, indo a 130.807,49 pontos e superando o recorde de fechamento anterior, de 7 de junho de 2021 (130.776,27 pontos), de acordo com dados preliminares.

No melhor momento do dia, chegou a 131.259,81 pontos, também acima do recorde intradia de 7 de junho de 2021 (131.190,30 pontos). Na mínima, marcou 129.469,02.

O volume financeiro somava R$ 31,9 bilhões antes dos ajustes finais, bem acima da média diária para o mês, de cerca de R$ 25,5 bilhões, tendo também no radar o vencimento de opções sobre ações na Bolsa paulista nesta sexta-feira (15).


Já o dólar à vista voltou a cair ante o real nesta quinta, dando continuidade ao movimento da véspera — depois de o Federal Reserve, o banco central americano, ter adotado uma postura mais branda em relação à inflação — e repercutindo também o comunicado do Copom que reforçou a expectativa por mais cortes de 0,5 ponto percentual da Selic.

No fim da tarde, porém, a moeda americana reduziu as perdas no Brasil, em meio ao noticiário ligado ao Congresso Nacional, que está na reta final dos trabalhos em 2023.


O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9155 na venda, em baixa de 0,1%. Foi a segunda sessão consecutiva de queda da moeda americana, que com o movimento desta quinta-feira registra estabilidade no acumulado de dezembro.

Nesta quarta (13), o dólar à vista já havia recuado quase 1% ante o real, depois que o Fed anunciou a manutenção de sua taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,5%, como esperado, mas projetou cortes de juros de 75 pontos-base em 2024, mais do que o previsto anteriormente.


Nesta quinta-feira, a pressão baixista vinda do exterior continuou, com o dólar cedendo ante as divisas fortes e em relação a quase todas as moedas de países emergentes e exportadores de commodities. Novamente, o Fed mais dovish (brando com a inflação) conduzia as perdas do dólar, amplificadas ainda por indicações de bancos centrais da Europa de que os cortes de juros na região vão demorar mais do que o esperado.

No Brasil, a decisão do Copom, na véspera, também favorecia mais um dia de perdas para o dólar. O colegiado cortou a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano, mas reforçou a intenção de promover pelo menos mais dois cortes de mesma magnitude.

Os efeitos da decisão do BC atuavam no sentido de uma nova queda para o dólar ante o real nesta quinta-feira, após a moeda americana à vista ter encerrado a quarta-feira com quase 1% de baixa, na esteira do Fed.

Isso porque, ao reforçar a perspectiva de mais cortes de 0,5 ponto percentual, e não de 0,75 ponto percentual, como chegou a ser aventado na curva a termo brasileira, a leitura era que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos continuará em níveis mais elevados, pelo menos por enquanto, o que favorece a atração de divisas para o país, conforme profissionais ouvidos pela Reuters.

Nesse cenário, o dólar à vista chegou a oscilar abaixo dos R$ 4,90, tendo marcado a cotação mínima da sessão, de R$ 4,8750 (-0,92%), às 11h51.

Ao longo da tarde, porém, a moeda americana recuperou fôlego no Brasil. O movimento ocorreu sob a influência do noticiário de Brasília, que trouxe novamente à tona os receios em torno do equilíbrio fiscal do governo Lula.

Numa derrota para o Planalto, o Congresso votou pela derrubada do veto presidencial ao projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. A rejeição do veto dificulta os esforços do governo para incrementar a arrecadação federal e sua intenção de cumprir a meta fiscal de resultado primário zero em 2024.

Além disso, uma comissão mista do Congresso aprovou a medida provisória que regulamenta as subvenções, depois que alterações flexibilizaram a proposta original do governo, incluindo também uma regra mais frouxa para o mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Com as mudanças feitas pela comissão, o potencial de arrecadação poderá cair. O Ministério da Fazenda, que ainda não apresentou novas estimativas de impacto, projetava um ganho de R$ 45,8 bilhões para o ano que vem, de R$ 35,3 bilhões com o tema das subvenções e de R$ 10,5 bilhões com o JCP.

Com o noticiário local, o dólar fechou perto da estabilidade ante o real, em leve baixa, ainda que no exterior a divisa seguisse com perdas firmes em relação às demais moedas.

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