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Inadimplência atinge 71,78 milhões de consumidores e chega a 43% da população adulta

Levantamento aponta crescimento de 9,2% em um ano; dívidas bancárias lideram, e valor médio por negativado chega a R$ 4,7 mil

Economia|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • 71,78 milhões de brasileiros estão com contas em atraso, equivalente a 43,13% da população adulta.
  • A inadimplência cresceu 9,2% em comparação com agosto de 2024 e 0,71% em relação a julho deste ano.
  • A região Centro-Oeste teve a maior alta anual de inadimplentes, com 46,58% da população adulta nessa região negativada.
  • As dívidas com bancos aumentaram 19,14% em um ano, destacando a necessidade de crédito responsável.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

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Na comparação com agosto de 2024, inadimplência teve alta de 9,2% Tomaz Silva/Agência Brasil/Arquivo

O número de brasileiros com contas em atraso continua crescendo e alcançou 71,78 milhões de consumidores em agosto de 2025, o equivalente a 43,13% da população adulta do país. Os dados fazem parte do Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, divulgado esta semana pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Na comparação com agosto de 2024, a alta foi de 9,2%. Em relação a julho deste ano, a variação foi de 0,71%. O tempo médio de atraso das dívidas é de 28,4 meses, ou 2,4 anos.


Segundo o levantamento, o aumento anual de devedores foi puxado pelas dívidas com três a quatro anos de atraso, que cresceram 39,69%. Já as pendências entre um e três anos representam a maior fatia dos inadimplentes (36,19%).

“O aumento da inadimplência e o fato de quase metade da população adulta estar negativada mostram que as famílias ainda têm dificuldades para reorganizar suas finanças. A alta em dívidas de três a quatro anos sugere um problema estrutural de longo prazo”, avaliou o presidente da CNDL, José César da Costa.


Perfil dos devedores

A região Centro-Oeste registrou a maior alta anual no número de inadimplentes (9,1%), seguida por Sudeste (8,63%), Norte (8,08%), Nordeste (7,64%) e Sul (5,37%). No total, o Sudeste concentra 30,93 milhões de pessoas negativadas, enquanto o Centro-Oeste lidera em proporção (46,58% da população adulta).

A maior concentração está na faixa etária de 30 a 39 anos, com 17,67 milhões de inadimplentes — 52,07% dessa população. A idade média do devedor é de 44,9 anos. A divisão por gênero segue equilibrada: 51,12% de mulheres e 48,88% de homens.


“A concentração de devedores na faixa de 30 a 39 anos é um ponto de atenção. Essa parcela tem grande importância para o mercado de consumo, e sua dificuldade em quitar as dívidas impacta diretamente a economia. A alta do número de dívidas em atraso no setor de bancos reforça a necessidade de um olhar cuidadoso sobre o crédito”, disse o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

Valor e setores

Em agosto, o número total de dívidas em atraso no Brasil cresceu 15,86% em relação ao mesmo mês do ano anterior e 1,42% na comparação com julho. O valor médio devido por consumidor negativado foi de R$ 4.758,04.


Quase três em cada dez inadimplentes (30,39%) têm dívidas de até R$ 500. O setor bancário concentra a maior parte das pendências, com 66,52% do total, seguido por contas de água e luz (10,15%), comércio (9,34%) e outros segmentos (8,25%).

Perguntas e Respostas

Qual é o número de consumidores inadimplentes no Brasil?

Em agosto de 2025, o número de consumidores inadimplentes no Brasil alcançou 71,78 milhões, o que representa 43,13% da população adulta do país.

Qual foi o crescimento da inadimplência em relação ao ano anterior?

Em comparação com agosto de 2024, a inadimplência cresceu 9,2%.

Qual é o tempo médio de atraso das dívidas?

O tempo médio de atraso das dívidas é de 28,4 meses, ou seja, aproximadamente 2,4 anos.

Quais tipos de dívidas estão contribuindo para o aumento da inadimplência?

O aumento da inadimplência foi impulsionado principalmente por dívidas com três a quatro anos de atraso, que cresceram 39,69%. As pendências entre um e três anos representam a maior parte dos inadimplentes, com 36,19%.

Qual é a avaliação do presidente da CNDL sobre a situação da inadimplência?

José César da Costa, presidente da CNDL, afirmou que o aumento da inadimplência e a alta porcentagem de negativados indicam que as famílias ainda enfrentam dificuldades para reorganizar suas finanças, sugerindo um problema estrutural de longo prazo.

Quais regiões do Brasil apresentaram maior aumento na inadimplência?

A região Centro-Oeste teve a maior alta anual no número de inadimplentes, com 9,1%, seguida pelo Sudeste (8,63%), Norte (8,08%), Nordeste (7,64%) e Sul (5,37%).

Qual é a faixa etária com maior concentração de inadimplentes?

A maior concentração de inadimplentes está na faixa etária de 30 a 39 anos, com 17,67 milhões de pessoas, representando 52,07% dessa população.

Qual é a média de idade dos devedores?

A idade média dos devedores é de 44,9 anos.

Como é a divisão de gênero entre os inadimplentes?

A divisão de gênero entre os inadimplentes é equilibrada, com 51,12% de mulheres e 48,88% de homens.

Qual é a importância da faixa etária de 30 a 39 anos para a economia?

A concentração de devedores nessa faixa etária é significativa, pois eles têm grande importância para o mercado de consumo, e suas dificuldades em quitar dívidas impactam diretamente a economia.

Qual foi o crescimento do número total de dívidas em atraso em agosto?

Em agosto, o número total de dívidas em atraso no Brasil cresceu 15,86% em relação ao mesmo mês do ano anterior e 1,42% em comparação com julho.

Qual é o valor médio devido por consumidores negativados?

O valor médio devido por consumidores negativados foi de R$ 4.758,04.

Qual é a porcentagem de inadimplentes com dívidas de até R$ 500?

Quase três em cada dez inadimplentes, ou 30,39%, têm dívidas de até R$ 500.

Qual setor concentra a maior parte das pendências financeiras?

O setor bancário concentra a maior parte das pendências, com 66,52% do total, seguido por contas de água e luz (10,15%), comércio (9,34%) e outros segmentos (8,25%).

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