O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego) subiu 1,4 ponto em maio, para 80,9 pontos, e atingiu o maior patamar desde dezembro do ano passado (81,8 pontos), segundo dados revelados nesta terça-feira (7) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Na comparação trimestral, o indicador avançou 2 pontos entre os meses de março e maio, para 78,5 pontos.
Para Rodolpho Tobler, economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), a segunda alta consecutiva do IAEmp sugere um cenário mais favorável para o mercado de trabalho na virada para o segundo trimestre. "A melhora do quadro sanitário, após o surto do início do ano, e um certo aquecimento da atividade econômica parecem contribuir para a melhora do indicador", avalia.
Ele, no entanto, prega que é necessário ter cautela com a melhora momentânea. "O indicador ainda se mantém em patamar baixo e com perspectivas de recuperação lenta, considerando que a atividade econômica segue com projeção baixa para o ano de 2022 devido à elevada inflação e política monetária mais restritiva”, completa Tobler.
No mês, cinco dos sete componentes do IAEmp contribuíram para o resultado, com destaque para os indicadores de Situação Atual dos Negócios e Tendência dos Negócios, ambos da indústria, que contribuíram positivamente com 0,9 e 0,5 ponto.