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Produção industrial cresce 0,1% em outubro, terceiro mês sem perdas

Mesmo com a sequência positiva, setor responsável por 20% do PIB opera 1,6% abaixo do patamar da pré-pandemia, mostra IBGE

Economia|Do R7

Produção industrial tem variação nula em 2023
Produção industrial tem variação nula em 2023

Após fechar terceiro trimestre em estabilidade, a produção industrial brasileira cresceu 0,1% em outubro, terceiro mês seguido sem variação negativa, mostram números revelados nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a sequência positiva, a PIM (Pesquisa Industrial Mensal) mostra que o setor responsável por cerca de 20% do PIB ainda opera em nível 1,6% abaixo do patamar apurado em fevereiro de 2020, o último mês sem os impactos da pandemia de Covid-19 na economia nacional, e 18,1% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em maio de 2011.

O desempenho recente revela que o segmento mantém o comportamento de pouco dinamismo observado nos últimos meses, posição ainda mais evidente diante dos saldos acumulados no ano e nos últimos 12 meses, ambos períodos com variação nula.

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Mesmo com o avanço, outubro apresentou um perfil disseminado de taxas negativas entre as categorias econômicas analisadas pelo indicador, com três dos quatro grandes segmentos em queda na produção.


Atividades

Das 25 atividades investigadas na pesquisa, 14 apresentaram crescimento na produção. Além de produtos alimentícios, que avançou 1,6% e foi a principal influência positiva, contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria partiram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,7%), de máquinas e equipamentos (2,4%) e de produtos de metal (2,3%).

Também apresentaram desempenho positivo os ramos relacionados a veículos automotores, reboques e carrocerias (0,9%), bebidas (1,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,3%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,3%).

Por outro lado, entre as 11 atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%) e indústrias extrativas (-1,1%) exerceram os principais impactos em outubro.

Já entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (0,9%) foi a única taxa positiva em outubro, após também avançar no mês anterior (0,6%), quando interrompeu quatro meses consecutivos de recuo na produção, período em que acumulou perda de 1,2%.

Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis (-2,4%) teve a queda mais intensa nesse mês e marcou o segundo mês seguido de recuo, acumulando nesse período redução de 6,7%.

Os segmentos de bens de capital (-1,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) também mostraram resultados negativos em outubro, com ambos amargando a segunda taxa negativa consecutiva e acumulando nesse período perdas de 3,2% e 2,1%, respectivamente.

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