Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Produção da indústria cresce pelo segundo mês seguido, mas ainda está longe do nível pré-pandemia

Variação foi de 0,1% entre agosto e setembro, com tendência à estabilidade; na comparação interanual, avanço é de 0,6%

Economia|Do R7

Produção industrial tem variação de 0,1% em setembro
Produção industrial tem variação de 0,1% em setembro

A produção industrial brasileira teve variação de 0,1% na passagem de agosto para setembro, após registrar alta de 0,2% no mês anterior e queda de 0,3% em julho. A principal influência positiva no resultado desse mês foi a atividade das indústrias extrativas, com crescimento de 5,6%, segundo dados da PIM (Pesquisa Industrial Mensal) divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação a setembro de 2022, a indústria nacional, setor responsável por 20% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, apresentou alta de 0,6%. Entretanto, no acumulado do ano, o resultado é negativo em 0,2% e, nos últimos 12 meses, a variação é nula (0,0%).

Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp

Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp


Compartilhe esta notícia pelo Telegram

“O resultado de setembro da produção industrial nacional marca o segundo mês seguido de crescimento, mas não altera o comportamento de menor dinamismo que a caracteriza nos últimos meses. Para além disso, no índice desse mês, observa-se predomínio de taxas negativas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 25 ramos industriais investigados”, destaca o gerente da pesquisa, André Macedo.


Ele se refere a atividades como a produção de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que registrou queda de 16,7% em setembro; máquinas e equipamentos, com retração de 7,6%; e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,1%), que exerceram os principais impactos negativos do mês.

A indústria de farmoquímicos e farmacêuticos vinha de dois meses de alta, com acúmulo de ganhos de 30,2%. Máquinas e equipamentos e veículos automotores voltaram a recuar após registrar avanços de 4,9% e 5,7%, respectivamente, em agosto.


A queda mais intensa do mês foi observada no setor de bens de consumo duráveis (-4,3%), suficiente para eliminar parte do avanço de 7,9% obtido no mês anterior. O segmento de bens de capital, que cresceu 4,5% em agosto, recuou 2,2% em setembro. Também foi registrada retração em bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%), que teve expansão de 4,1% no período de junho a agosto de 2023.

Na comparação com o mês imediatamente anterior, a única taxa positiva em setembro foi a de bens intermediários, de 0,3%, que interrompeu quatro meses consecutivos de queda, com perdas acumuladas de 1,4%.

Mesmo com dois meses seguidos de resultados positivos, o setor industrial ainda se encontra 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia, considerado o de fevereiro de 2020, e 18,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, destaca o pesquisador.

Média trimestral e comparação interanual

A média móvel trimestral da indústria, na série com ajuste sazonal, do período encerrado em setembro de 2023, mostrou variação nula (0,0%) frente ao nível do mês anterior, repetindo, assim, os resultados de julho e agosto.

A taxa negativa mais acentuada de setembro, ainda na série com ajuste, foi a da categoria de bens de capital (-1,8%), que manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2023.

A única taxa positiva do mês foi a do setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis, de 0,6%, que já tinha avançado em agosto (1,4%), julho (0,5%) e junho (0,3%).

O avanço do setor industrial em setembro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2022, é de 0,6%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas: bens de consumo semi e não duráveis (2,8%) e bens intermediários (1,2%).

As principais influências positivas no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,3%), indústrias extrativas (9,1%) e produtos alimentícios (6,7%). O ramo de impressão e reprodução de gravações também teve contribuição positiva de destaque, de 17,3%.

O índice acumulado no ano, de janeiro a setembro de 2023, frente a igual período do ano passado, apresenta redução de 0,2%, com menor dinamismo em bens de capital (-10,4%) e no setor produtor de bens intermediários (-0,3%), esse último com perda ligeiramente mais intensa do que a verificada na média da indústria (-0,2%).

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.