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Inflação acelera pelo segundo mês seguido, com alta dos preços de alimentos

No ano, IPCA acumula alta de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, acima dos 3,69% nos 12 meses imediatamente anteriores

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

IPCA de maio foi divulgado nesta terça-feira Tânia Rêgo/Agência Brasil

A inflação oficial do país acelerou pelo segundo mês consecutivo e ficou em 0,46% em maio, informou nesta terça-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma alta de 0,08 ponto percentual em relação a abril, quando variou 0,38%.

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No ano, o IPCA acumula alta de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, acima dos 3,69% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O teto da meta estabelecida pelo governo é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em maio de 2023, a variação foi de 0,23%.

Apesar de o grupo saúde e cuidados pessoais ter registrado a maior alta (0,69%), o maior impacto do mês passado foi puxado, sobretudo, por um avanço no grupo de alimentação e bebidas, que subiu 0,62% na comparação com abril. O impacto do segmento foi de 0,13 ponto percentual.

No grupo, chama a atenção a alta dos tubérculos, raízes e legumes (6,33%), com destaque para a batata-inglesa, com aumento de 20,61%, o maior impacto individual sobre o índice geral.

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O gerente da pesquisa, André Almeida, observa que a mudança das safras é um dos fatores relacionados ao aumento do tubérculo. “Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”, explicou.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em maio. Depois de saúde e cuidados pessoais, os grupos que registraram os maiores impactos foram habitação (0,67%) e alimentação e bebidas (0,62%). Os demais grupos ficaram entre o -0,53% de artigos de residência e o 0,50% de vestuário.

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Passagens aéreas mais caras

Os preços da passagem aérea tiveram alta de 5,91% em maio. Em janeiro, este foi o subitem com maior impacto individual no índice (-15,24%). No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023.

Preço dos combustíveis

No mês passado, entre os combustíveis (0,45%) pesquisados, etanol (0,53%), gasolina (0,45%) e óleo diesel (0,51%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,08%) foi o único a registrar recuo nos preços.

Inflação por região

Quanto aos índices regionais, todas as regiões, com exceção de Goiânia (-0,06%), tiveram alta em maio. A maior variação foi registrada em Porto Alegre (0,87%), influenciada pelas altas da batata inglesa (23,94%), gás de botijão (7,39%) e gasolina (1,80%).

Moradores de São Luís, Belo Horizonte, Aracaju, Salvador, Fortaleza, Vitória e Curitiba também sentiram impacto mais forte dos preços em maio, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.

Já o menor resultado – depois de Goiânia – foi registrado em Belém (0,13%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 1º de maio e 29 de maio de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de março a 30 de abril de 2024.

INPC

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) — que considera o custo de vida das famílias com renda entre um e cinco salários mínimos — teve alta de 0,46% em maio, acima do resultado observado em abril (0,37%).

No ano, o INPC acumula alta de 2,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,34%, acima dos 3,23% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2023, a taxa foi de 0,36%.

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