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Inflação oficial desacelera em outubro e atinge menor patamar para o mês desde 1998, diz IBGE

Energia elétrica residencial cai em outubro, mas acumula alta de 13,64% no ano e é o principal impacto no período

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A inflação oficial do Brasil desacelerou para 0,09% em outubro, segundo o IBGE.
  • A energia elétrica residencial teve queda de 2,39%, contribuindo para a redução da inflação.
  • No acumulado do ano, a energia elétrica subiu 13,64%, sendo o principal fator de impacto nos preços.
  • O grupo vestuário registrou a maior alta no mês com 0,51%, destacando-se os calçados e roupas femininas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Energia elétrica residencial foi o maior impacto negativo no índice de outubro Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A inflação oficial do país desacelerou e chegou a 0,09% em outubro, o menor resultado para o mês desde 1998, quando registrou alta de 0,02%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma queda de 0,39 ponto percentual em relação a setembro, quando registrou alta de 0,48%.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,68%, abaixo dos 5,17% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%.


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Em outubro, três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados vieram com variação negativa: artigos de residência (-0,34%), habitação (-0,30%) e comunicação (-0,16%).

No lado das altas, as variações ficaram entre o 0,01% de alimentação e bebidas e o 0,51% de vestuário.


Preço da conta de luz começa a cair

A queda de 0,30% do grupo habitação foi motivada pela variação negativa de 2,39% registrada no subitem energia elétrica residencial, sendo o maior impacto negativo no índice de outubro.

Segundo o IBGE, tal movimento reflete a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos, ao invés dos R$ 7,87.


Além disso, houve a incorporação dos seguintes reajustes tarifários:

  • 19,56% em Goiânia (6,08%), a partir de 22 de outubro
  • 11,21% em Brasília (-0,69%), vigente desde 22 de outubro
  • 16,05% em uma das concessionárias em São Paulo (-3,17%) a partir de 23 de outubro.

Acumulando alta de 13,64% no ano, a energia elétrica residencial é o principal impacto no período (0,53 p.p.) e, nos últimos 12 meses, a variação é de 3,11% e 0,13 p.p. de impacto.


Roupas e calçados mais caros

O grupo vestuário (0,51%) apresentou a maior variação no mês de outubro, com destaque para as altas nos calçados e acessórios (0,89%) e na roupa feminina (0,56%).

No grupo despesas pessoais (0,45%) o destaque é para o subitem empregado doméstico, que subiu 0,52% e o pacote turístico, com alta de 1,97%.

O IBGE ressalta que, indevidamente, não foi apropriada, em setembro, a variação do subitem conselho de classe, sendo registrada em outubro a variação de 0,58%, relativa ao acumulado dos dois meses.

Exercendo o maior impacto no índice do mês, a alta do grupo saúde e cuidados pessoais (0,41%) foi impulsionada pelos artigos de higiene pessoal (0,57%) e plano de saúde (0,50%).

Passagem aérea em alta

A variação de 0,11% de transportes reflete a alta da passagem aérea (4,48%) e dos combustíveis (0,32%). À exceção do óleo diesel que caiu 0,46%, os demais combustíveis apresentaram variações positivas em outubro: etanol (0,85%), gás veicular (0,42%) e gasolina (0,29%).

Ainda em transportes registra-se, também, a incorporação integral do reajuste médio de 14,34% no táxi (0,07%) em Campo Grande (14,34%), vigente desde 12 de setembro, não apropriado no índice de setembro.

Alimentos

Em outubro, o grupo alimentação e bebidas apresentou variação de 0,01%, com a alimentação no domicílio caindo 0,16%, com destaque para as quedas do arroz (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%). No lado das altas sobressaem a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%).

A alimentação fora do domicílio acelerou na passagem de setembro (0,11%) para outubro (0,46%). Em igual período, o subitem lanche saiu de 0,53% para 0,75%, e a refeição foi de -0,16% para 0,38%.

Por região

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,96%), impulsionada pela alta da energia elétrica residencial (6,08%) e da gasolina (4,78%).

A menor variação (-0,15%) foi registrada em São Luís e Belo Horizonte.

Moradores de Porto Alegre, Vitória, Belém, Aracaju, Recife e Rio Branco também sentiram impacto mais forte dos preços em outubro, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.

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