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Juros do cartão de crédito sobem e alcançam 378,76% ao ano em novembro

Taxas cobradas dos consumidores e das empresas são as maiores desde o início de 2009

Economia|Do R7

Inflação, desemprego, queda da renda, baixo crescimento econômico e expectativa negativa para 2016 afetam taxas de juros
Inflação, desemprego, queda da renda, baixo crescimento econômico e expectativa negativa para 2016 afetam taxas de juros Inflação, desemprego, queda da renda, baixo crescimento econômico e expectativa negativa para 2016 afetam taxas de juros

As taxas de juros das operações de crédito subiram mais uma vez no mês passado. Essa foi a 11ª elevação no ano e 14ª elevação consecutiva. Os juros do cartão de crédito para os consumidores subiu de 368,27% no acumulado de 12 meses em outubro para 378,76% no acumulado em novembro. Já o cheque-especial foi de 226,39% para 233,56% na mesma comparação.

De acordo com o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, as elevações podem ser atribuídas aos diversos fatores.

— O cenário econômico aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência. Esse momento se baseia no fato de os índices de inflação estarem mais elevados, haver aumento de impostos e juros maiores, o que reduz a renda das famílias. O baixo crescimento econômico deve impactar no aumento dos índices de desemprego. Tudo isto somado e o fato de as expectativas para 2016 serem igualmente negativas quanto a todos esses fatores levam as instituições financeiras a aumentarem suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência.

Além disso, Oliveira aponta o aumento das taxas de juros futuros por conta da turbulência política e econômica como mais um fator que influencia as taxas cobradas dos consumidores e das empresas. Agora, essas taxas são as maiores desde o início de 2009.

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Consumidor

Das seis linhas de crédito ao consumidor pesquisadas pela Anefac, todas tiveram suas taxas de juros elevadas em novembro (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras).

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A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,13 ponto percentual no mês (3,41 pontos percentuais no ano) correspondente a uma elevação de 1,78% no mês (2,57% em 12 meses) passando a mesma de 7,30% ao mês (132,91% ao ano) em outubro de 2015 para 7,43% ao mês (136,32% ao ano) em novembro de 2015, sendo esta a maior taxa de juros desde fevereiro de 2009.

Empresas

Das três linhas de crédito pesquisadas, todas foram elevadas no mês. A taxa de juros média geral para as empresas apresentou uma elevação de 0,06 ponto percentual no mês (1,14 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma alta de 1,44% no mês (1,81% em doze meses) passando de 4,16% ao mês (63,08% ao ano) em outubro de 2015 para 4,22% ao mês (64,22% ao ano) em novembro de 2015, sendo esta a maior taxa de juros desde março de 2009.

Taxa de juros x Selic

Considerando todas as elevações da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, tivemos neste período (março de 2013 a novembro de 2015) uma elevação da Selic de 7 pontos percentuais (elevação de 96,55%). O índice passou de 7,25% ao ano em janeiro de 2013 para 14,25% ao ano em novembro de 2015.

Neste período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 48,35 pontos percentuais (elevação de 54,96%) de 87,97% ao ano em março de 2013 para 136,32% ao ano em novembro de 2015.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma elevação de 20,64 pontos percentuais (elevação de 47,36%) de 43,58% ao ano em março de 2013 para 64,22% ao ano em novembro de 2015.

Diante do cenário econômico atual que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses.

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