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Leite sobe 24,82% e já custa mais que o litro de gasolina 

O litro do longa-vida passou de R$ 5,44 para R$ 6,79, uma alta de 24,82%; já o valor médio da gasolina era de R$ 5,74

Economia|Do R7

Além do leite, derivados lácteos como o queijo muçarela também tiveram aumento
Além do leite, derivados lácteos como o queijo muçarela também tiveram aumento

O leite longa-vida foi o item da cesta básica que mais subiu no mês de julho em São Paulo. O valor médio do litro passou de R$ 5,44 para R$ 6,79, uma alta de 24,82%. A informação é do levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

Com o isso, o preço do litro de leite superou o da gasolina, que no último levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), divulgado em 29 de julho, era de R$ 5,74. O valor do combustível está em queda, com três recuos de preços nas refinarias, além da redução do ICMS (tributo estadual).

"A produção de leite cru, matéria-prima dos laticínios, esteve restrita, o que aumentou o preço de captação e elevou os valores dos derivados lácteos, como o leite UHT, o queijo muçarela e o leite em pó. A baixa disponibilidade de leite sustentou o movimento de alta mesmo com a demanda enfraquecida, devido aos preços em patamares elevados", explica em nota o Procon-SP.

Os derivados também aumentaram. O quilo do queijo muçarela passou de R$ 52,03 para R$ 60,04, alta de 15,39%. Já o preço médio da lata de leite em pó integral subiu de R$ 15,24 para R$ 16,92 (11,02%).


Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada em negócios internacionais, explica que a precificação do leite não depende apenas do desejo do estabelecimento em lucrar mais. "A alta dos combustíveis e a escassez da oferta de grãos, agravada pelo conflito na Ucrânia, impactam o valor final do alimento", afirma Pizzamiglio.

Durante o período mais severo de isolamento provocado pela pandemia, em 2021, o brasileiro estava ainda mais habituado a levar leite para casa. O país registrou aumento de 22% no consumo do alimento, segundo a Embrapa. 


"O aumento da demanda por um determinado produto interfere diretamente no seu valor. E essa não é uma realidade exclusiva do Brasil. Problemas internacionais como a crise dos fertilizantes e a escassez de grãos afetam diretamente a alimentação das vacas, o que interfere no custo do leite", explica.

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Cesta básica

Segundo o levantamento do Procon, a cesta básica em São Paulo teve alta de 1,24%. O preço médio, que em 30 de junho era de R$ 1.251,44, passou para R$ 1.266,92 em 29 de julho.


Os produtos que mais subiram foram:

leite UHT (litro): 24,82%;

queijo muçarela fatiado (kg): 15,39%;

leite em pó integral (400g): 11,02%;

papel higiênico fino branco (com 4 unidades): 7,89%; e

sabão em barra (unidade): 6,38%.

E as maiores quedas foram:

batata (kg): -18,25%;

sabão em pó (kg): -8,50%;

carne de primeira (kg): -4,92%;

presunto fatiado (Kg): -4,24%; e

óleo de soja (900 ml): -4,09%.

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