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Economia Líderes dos Brics assinam hoje criação de novo banco de desenvolvimento

Líderes dos Brics assinam hoje criação de novo banco de desenvolvimento

Banco de desenvolvimento terá R$ 111 bilhões para financiamento de projetos nos cinco países

  • Economia | Roberta Luiza, do R7, em Fortaleza

Dilma e Putin participam de cúpula dos Brics

Dilma e Putin participam de cúpula dos Brics

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Dilma Rousseff, Vladimir Putin (Rússia), Xi Jinping (China), Narendra Modi (Índia) e Jacob Zuma (África do Sul) se reúnem, nesta terça-feira (15), em Fortaleza (CE), na VI Cúpula do Brics, bloco formado pelos cinco países. Os líderes devem assinar o acordo que cria um banco de desenvolvimento para os cinco países e um fundo de reservas.

O principal objetivo do novo banco do Brics é ser mais uma alternativa de financiamento de projetos.

A previsão para as primeiras operações do banco é o início de 2016.  Provisoriamente chamada de Novo Banco de Desenvolvimento, a instituição se espelha no Banco Mundial e terá capital inicial de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 111 bilhões), os cinco países do bloco vão dividir o capital em partes iguais de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 22,2 bilhões).

A cúpula começou nesta segunda-feira (14), na capital cearense, e será encerrada na quarta-feira (16), em Brasília, onde os dirigentes participarão de uma série de encontros bilaterais com autoridades da América Latina.

O primeiro dia de reuniões na VI Cúpula do Brics serviu para exploração de novos negócios entre empresários dos cinco países. Foi também debatida a possibilidade de redução da burocracia nas importações e exportações entre o bloco após criação da instituição.

Nesta terça, os empresários vão apresentar um documento aos líderes onde sugerem a troca direta de moedas entre o Brics e a facilitação de expedição de vistos de entrada nessas nações. As duas medidas reduziriam os custos de transação dentro do grupo. 

Fundo de reservas

Além da criação do Novo Banco de Desenvolvimento, também será assinado durante a VI Cúpula do Brics o acordo para a efetivação do CRA (Arranjo Contingente de Reservas), uma espécie de fundo de socorro para os países emergentes.

O Arranjo Contingente, que se espelha ao FMI, terá montante inicial de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 222,1 bilhões) e constituirá linha de defesa adicional para os países do Brics em eventuais cenários de dificuldades de balanço de pagamentos.

Desse total, a China responderá por US$ 41 bilhões (cerca de R$ 91 bilhões); Brasil, Rússia e Índia, por US$ 18 bilhões cada (cerca de R$ 39,9 bilhões); e a África do Sul, por US$ 5 bilhões (cerca de R$ 11,1 bilhões).

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