Maia diz concordar com Guedes sobre fim do auxílio emergencial
"A posição da Câmara é a mesma", disse Maia ao comentar a fala do ministro negando a possibilidade de prorrogação do estado de calamidade
Economia|Do R7
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (7) que concorda com a posição manifestada mais cedo pelo ministro da Economia, ao negar a possibilidade de prorrogação do estado de calamidade para combater à pandemia de covid-19 e do auxílio emergencial.
Em sua conta no Twitter, Maia publicou o link da reportagem com a fala de Guedes e afirmou: "A posição da presidência da Câmara é a mesma."
Em entrevista à imprensa, o titular da Economia negou a prorrogação do auxílio emergencial ou do estado de calamidade para além de dezembro deste ano e disse que não há decisão de prorrogar ou articulação nesse sentido.
Maia e Guedes iniciaram uma reaproximação após protagonizarem desentendimentos públicos. Há poucos dias, Guedes acusou Maia de estar aliado às esquerdas para barrar privatizações. O presidente da Câmara, por sua vez, afirmou que o ministro da Economia estava "desequilibrado".
Mas no início desta semana os dois participaram de jantar com outras autoridades, quando trocaram elogios, pedidos de desculpas e aproveitaram para reforçar a intenção de trabalharem juntos pela agenda econômica do governo.
O ministro também se movimenta para reatar as relações com o Congresso. Na segunda-feira, também conversou com o relator de proposta que trata da discussão em torno do Renda Cidadã, senador Marcio Bittar (MDB-AC).
O programa de distribuição de renda a substituir o Bolsa Família evidenciou rusgas entre Guedes e parlamentares aliados quando o ministro avalizou e depois recuou de seu posicionamento sobre o financiamento do benefício, diante de repercussão negativa do mercado.
O governo chegou a anunciar a ideia de utilizar recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica) e de precatórios para financiar o programa, com a anuência de Guedes. Depois, no entanto, o ministro negou que haveria "puxadinho" ou a utilização de parte dos recursos dos precatórios como fontes de financiamento, o que trouxe surpresa e irritação entre parlamentares.