O Indicador Antecedente de Emprego subiu 4,2 pontos em junho, para 87,6 pontos, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (6), pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Com o resultado, o indicador atinge o maior nível desde os 92 pontos de fevereiro de 2020, mês que antecedeu as primeiras medidas restritivas para conter a pandemia do novo coronavírus. Na análise trimestral, o Indicador Antecedente de Emprego saltou 3,5 pontos entre abril e junho e atingiu os 83,2 pontos.
O indicador aponta para a recuperação do mercado de trabalho no mesmo momento em que o desemprego figura no maior patamar dos últimos 11 anos e atinge 14,8 milhões de brasileiros, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Rodolpho Tobler, economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia, afirma que o indicador mostra os primeiros sinais de recuperação do mercado de trabalho nacional. “A recuperação econômica, a redução do número de mortes por covid e a flexibilização das medidas restritivas parecem contribuir com a melhora do cenário", aponta ele.
"A expectativa para os próximos meses é de continuidade dessa recuperação, mas ainda existe muita incerteza. O avanço da vacinação e o controle da pandemia continuam sendo fundamentais para o processo de retomada”, completa Tobler.
Todos os componentes do indicador contribuíram para a alta do mês, com a maior influência positiva vindo do indicador que mede a tendência dos negócios no setor dos Serviços, cujo aumento de 8,1 pontos representou 24% da melhora do indicador agregado.