Mercado financeiro mantém previsão de inflação em 4,95%

Mesmo com a deflação de preços apurada no mês de março, os analistas consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) mantiveram em 4,95% suas projeções para de alta da inflação neste ano, segundo dados revelados nesta segunda-feira (17).

Mesmo com a expectativa menor, a análise indica que a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%). Com a nova projeção, as estimativas aparecem a apenas 0,2 ponto percentual do limite.

No último RTI (Relatório Trimestral de Inflação), divulgado no início deste mês, o BC prevê que a probabilidade de a alta furar novamente o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 83% para 61%.

Para os meses de julho, agosto e setembro, as previsões são de que o índice oficial de preços apresente altas de, respectivamente, 0,19%, 0,28% e 0,29%. Olhando para os próximos anos, as expectativas para o índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também foram mantidas em 3,92% e 3,5%, respectivamente, para os anos de 2024 e 2026. Já para 2025, as previsões recuaram de 3,6% para 3,55%.

Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar foi mantida em R$ 5. Entre os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a projeção recuou pela 11ª semana seguida e passou para uma alta de 8,91% neste ano.