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Mercado prevê manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano até o fim de 2022

Diretores do Banco Central têm deixado em aberto a possibilidade de uma nova alta da taxa Selic na próxima quarta-feira (21)

Economia|Do R7

Copom se reúne nesta semana para encerrar ciclo de alta dos juros
Copom se reúne nesta semana para encerrar ciclo de alta dos juros

No momento em que o BC (Banco Central) deixa em aberto a possibilidade de uma nova elevação da taxa básica de juros da economia brasileira na próxima quarta-feira (21), os analistas do mercado financeiro cravam que a taxa Selic será mantida no atual patamar de 13,75% ao ano até o fim de 2022.

A aposta de que o novo patamar é o terminal já é indicada pelos analistas consultados semanalmente pelo BC há 13 semanas. No entanto, declarações dadas por membros da autoridade monetária têm posto as projeções em dúvida.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária, Bruno Serra, afirmaram na semana passada que é preciso ter cautela no encerramento do atual ciclo de aperto monetário. Para Serra, as expectativas para a inflação de 2024 têm incomodado a autoridade monetária.

Na última reunião do Copom, quando a Selic subiu 0,5 ponto percentual, os diretores disseram avaliar um possível ajuste de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. "O comitê avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião. O Copom enfatiza que seguirá vigilante e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas", ressalta a ata da decisão.


Desde o primeiro aumento dos juros, em março de 2021, quando a Selic figurava no patamar de 2% ao ano, a taxa básica já subiu 11,75 pontos percentuais. Trata-se do maior ciclo de alta desde 1999, quando o BC elevou a Selic em 20 pontos percentuais em uma única reunião.

Aumentar a taxa de juros funciona como um instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Os analistas também divulgaram suas expectativas para a Selic para os próximos anos, com a aposta de uma suavização da taxa. Para 2023, 2024 e 2025, as apostas foram mantidas em, respectivamente, 11,25% ao ano, 8% ao ano e 7,5% ao ano.

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