Motoristas aguardam 'carro popular' e venda de 0-km em maio é a menor dos últimos sete anos
Queda é de 10,3% na média das comercializações diárias ante abril, mesmo com quatro dias úteis a mais, afirma Fenabrave
Economia|Do R7
Com os consumidores à espera da efetivação das medidas anunciadas pelo governo federal para a redução do preço dos carros novos, a venda de automóveis e comerciais leves zero-quilômetro amargou, no mês de maio, o pior resultado desde 2016, com apenas 166.361 emplacamentos.
O recorte, no entanto, exclui os números de 2020, quando, no auge da pandemia do novo coronavírus, muitas concessionárias estavam apenas com suas oficinas abertas, explica a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) ao reforçar o número como o pior dos últimos sete anos.
Os dados, divulgados nesta sexta-feira (2), mostram que a média diária de vendas figura em queda, com 7.560 unidades comercializadas por dia. O resultado é 10,3% inferior ao apurado em abril (8.420), mês com quatro dias úteis a menos.
"Na primeira metade da década de 2010, o mês de maio chegou a registrar mais de 300 mil autos e leves emplacados. Precisamos, urgentemente, que as medidas do governo sejam implantadas”, afirma o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.
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Para a associação, no entanto, o anúncio feito na última semana do mês ainda não resultou em um impacto efetivo para a redução das vendas. O grupo afirma que o ambiente marcado por restrição de crédito e queda no poder de compra é determinante para o resultado negativo.
"Como há certo intervalo entre a data da compra do carro e seu registro pela Senatran [Secretaria Nacional de Trânsito], devemos sentir uma maior retração nos emplacamentos apenas nos primeiros dias de junho”, prevê Andreta Jr.
Segundo levantamento da entidade, maio de 2023 ocupa apenas a 175ª colocação, em volume, no ranking histórico de emplacamentos de automóveis e comerciais leves. “Essa é uma situação muito difícil, pois, além das metas estabelecidas pelas montadoras, as concessionárias têm compromisso com mais de 310 mil colaboradores diretos”, reforça o presidente da associação.
Para Andreta Jr., o volume de carros que serão adicionados ao mercado com o projeto do governo dependerá do tempo de vigência e do repasse dos benefícios pelas montadoras. Ele quer ainda que a comercialização dos veículos seja realizada, exclusivamente, por meio das concessionárias, como forma de garantir o benefício ao consumidor final.
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