Motoristas fazem fila em postos após o anúncio de reajuste no preço dos combustíveis
O aumento a partir desta sexta-feira (11) nas refinarias será de 18,7% na gasolina, 24,9% no diesel e 16% no gás de cozinha
Economia|Do R7
Após o anúncio de reajuste no preço dos combustíveis nesta quinta-feira (10), os motoristas correram para os postos para abastecer os veículos e evitar a alta. As filas foram registradas em várias capitais, como São Paulo (SP), Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS), além do Distrito Federal.
Apesar de o aumento não ser imediato nos postos, o Procon-SP pede aos consumidores que fiquem atentos e denunciem estabelecimentos que já estão elevando os preços.
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A Petrobras anunciou que a partir desta sexta-feira (11) o preço dos combustíveis nas suas refinarias será elevado em 18,7% na gasolina, 24,9% no diesel e 16% no GLP (gás liquefeito de petróleo), ou gás de cozinha.
Veja vídeo de fila em Brasília:
Com isso, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras às distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o valor médio irá de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Mas o aumento nas bombas não é imediato, costuma demorar um pouco.
Como a gasolina da Petrobras representa 73% da mistura que é vendida nos postos de combustíveis e o restante é etanol anidro, o aumento poderá ser de R$ 0,44 por litro e levar o preço médio nacional para mais de R$ 7 pela primeira vez na história.
Para o preço médio do diesel, a previsão é que chegue a um valor em torno de R$ 6,40 por litro, caso as outras composições não tenham aumento.
O preço médio de venda do gás de cozinha para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16,1%. O preço médio final do botijão de 13 quilos poderá passar para cerca de R$ 110.
Após a crise da pandemia de coronavírus, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia trouxe impactos diretos ao setor de petróleo. Depois de tocar os US$ 139,13 na última segunda-feira (7), o petróleo vem cedendo de preço e operava nesta quinta-feira cotado a US$ 112,11 o barril.
O governo brasileiro e o Congresso Nacional buscam uma solução para evitar que a grande volatilidade externa da commodity continue a contaminar os preços internos, porém não existe consenso sobre a melhor medida a ser tomada e nada foi decidido.
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