Novo presidente da Caixa descarta privatização do banco
Em discurso de posse, Pedro Guimarães destacou a venda de participações de subsidiárias que serão alvo de operações de abertura de capital
Economia|Do R7
O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta segunda-feira (7) que não há um movimento de privatização no banco público, mas venda de participações de subsidiárias que serão alvo de operações de abertura de capital.
As ofertas que devem abranger os segmentos de seguros, cartões, gestão de recursos e lotéricas, conforme ele, serão "grandes" e visam não só pagar R$ 40 bilhões equivalentes aos instrumentos de dívida (IHCD) ao governo, mas para melhorar a governança do banco e do crescimento dessas áreas.
Bolsonaro cobra transparência em atos passados de bancos públicos
"Serão grandes operações. Além de usar dinheiro para pagar o Tesouro, essas operações vão ajudar a melhorar a governança e o lucro das subsidiárias. Na seguridade, por exemplo, se temos resultado de R$ 1 bilhão, essa cifra pode saltar para algo entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões em alguns anos", afirmou Guimarães, lembrando que tem "muita expertise" em IPOs ao ter assessorado operações como a da BB Seguridade, holding que concentra as operações de seguros do BB, e do Santander Brasil.
O executivo garantiu ainda que as operações de abertura de capital não são contra a Caixa, mas visam a garantir ao banco mais 100, 200 anos de vida. Segundo ele, se o banco não pagar o IHCD, todo lucro gerado pela instituição em vez de ser distribuído será destinado ao pagamento do IHCD.
Guimarães destacou que o governo federal emprestar R$ 40 bilhões via título sem vencimento "não existe". "Qualquer banco privado não tem acesso a IHCD. O ministro Paulo [Guedes] não acha justo e nós vamos sim abrir capital de subsidiárias e usar esse dinheiro para pagar o Tesouro em 4 anos, com calma", explicou o novo presidente da Caixa. Segundo ele, embora seja uma determinação do controlador devolver esses recursos, faz todo sentido.
Levy diz que BNDES precisa mudar para responder novas condições do país