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País tem 10,3 milhões de pessoas que trabalham no comércio, maior resultado desde 2015

Trabalhador recebe, em média, dois salários mínimos, segundo dados da Pesquisa Anual do Comércio, do IBGE

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Pesquisa foi divulgada pelo IBGE nesta quinta Arquivo/Agência Brasil

O número de pessoas que trabalham no comércio no Brasil chegou a 10,3 milhões em 2022, o maior resultado desde 2015. Ao todo, esse contingente estava empregado em 1,4 milhão de empresas comerciais e recebeu R$ 318 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Os dados são da PAC (Pesquisa Anual do Comércio), divulgada nesta quinta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Segundo o levantamento, o resultado contemplou 1,6 milhão de unidades locais comerciais no Brasil, que gerou R$ 6,7 trilhões de reais em receita líquida operacional.

A maioria da massa trabalhadora (7,6 milhões) está alocada no comércio varejista. Em seguida, estão o comércio por atacado (1,9 milhão) e o comércio de veículos, peças e motocicletas, com 846,2 mil trabalhadores.

Entre os três segmentos, o comércio de veículos, peças e motocicletas teve a maior queda de representatividade entre 2013 e 2022, com perda de quatro pontos percentuais. O comércio varejista perdeu 2,7 pontos percentuais. Já o comércio por atacado avançou 6,7 pontos percentuais no mesmo período.


Ranking de pessoal ocupado

Nos últimos 10 anos, a atividade de hipermercados e supermercados foi a que mais cresceu em termos absolutos. Em contrapartida, as três maiores quedas ocorreram no segmento de comércio varejista.

Veja abaixo o ranking de maiores aumentos (em pessoas):

Hipermercados e supermercados: de 1,14 milhão em 2013 para 1,53 milhão em 2022 (variação de 392,1 mil).


Comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos: de 731,1 mil em 2013 para 880,1 mil em 2022 (variação de 149 mil).

Comércio por atacado de matérias-primas agrícolas e animais vivos: de 78,1 mil em 2013 para 112,7 mil em 2022 (variação de 34,6 mil).


Veja abaixo o ranking de maiores reduções (em pessoas):

Comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho: de 1,35 milhão em 2013 para 1,06 em 2022 (queda de 289.9 mil).

• Comércio varejista de material de construção: de 964,7 mil para 854,3 mil (queda de 110,4 mil).

Comércio varejista de produtos novos e usados sem especificação: de 597,1 mil para 519,7 mil (queda 77,4 mil).

Salário médio

Os brasileiros que trabalham no setor comercial recebem, em média, dois salários mínimos, o maior patamar da série histórica. O comércio por atacado liderou com o maior salário médio (2,9 salários mínimos), seguido pelo comércio de motocicletas, peças e veículos (2,3 salários mínimos) e pelo comércio varejista (1,7 salário mínimo).

Na comparação com 2013, os três segmentos apresentaram um discreto aumento da remuneração paga. O comércio por atacado e o de veículos, peças e motocicletas registraram um aumento de 0,1 salário mínimo, cada, enquanto o comércio varejista teve alta de 0,2 salário mínimo na última década.

Em 2022, os maiores salários pagos se encontravam nos seguintes segmento do comércio por atacado:

Comércio por atacado de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive TI e comunicação: 4,4 salários mínimos.

Comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes: 4,4 salários mínimos.

Comércio por atacado de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos, ortopédicos, material de escritório, papelaria e artigos de uso doméstico: 4,1 salários mínimos.

Em contrapartida, os menores salários foram constatados nas atividades de representantes e agentes do comércio (1,3 salário mínimo) e de comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3 salário mínimo).

Receita

As empresas comerciais registraram uma receita bruta de R$ 7,2 trilhões. Deste total, R$ 621,1 bilhões foram provenientes do comércio de veículos, peças e motocicletas; R$ 3,7 trilhões, do comércio por atacado; e R$ 2,9 trilhões, do comércio varejista.

Em 2022, entre os 22 agrupamentos do setor comercial, três segmentos se destacaram por gerar a maior parte da receita operacional líquida:

• comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes (12,7%);

• hipermercados e supermercados (11,4%);

• comércio por atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,6%).

Entre os 22 agrupamentos de atividades, o comércio de veículos automotores foi o que mais perdeu em participação do total da receita do comércio, com queda de 3,6 pontos percentuais entre 2013 e 2022.

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