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Por que os juros seguem em alta apesar das projeções otimistas para a inflação?

Gastos públicos fora de controle mantêm o mercado ‘com um pé atrás’, avalia economista

Economia|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Economistas do mercado financeiro reduziram as projeções de inflação para 2025 e 2026.
  • A estimativa de inflação para 2023 diminuiu de 4,45% para 4,43%, mas ainda dentro da meta.
  • Banco Central não planeja cortar a taxa básica de juros, devido ao alto nível de gastos públicos.
  • A elevação da dívida pública é um obstáculo para o controle da inflação, segundo o economista Ricardo Buso.

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Os economistas do mercado financeiro reduziram as projeções de inflação para 2025 e também para 2026. Os dados constam do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (1º). A pesquisa, realizada na última semana, ouviu mais de 100 instituições financeiras. Para este ano, a estimativa passou de 4,45% para 4,43%, permanecendo dentro da meta estabelecida.

Essas sinalizações da economia não convenceram a instituição a recuar com a taxa básica de juros, segundo o economista Ricardo Buso. “A meta do Banco Central é 3% e você não pode perseguir a margem de tolerância, porque os erros acontecem. E o Banco Central está dando diretrizes bem claras de que está perseguindo o centro da meta. Então, isso é um motivo para dizer: ‘Olha, é cedo ainda para cortar juros’”, aponta o economista ao Conexão Record News de segunda-feira (1º).


BC reduziu a estimativa de inflação do Brasil para 2025 e 2026, mas economista aponta dificuldades para o ano que vem REPRODUÇÃO/RECORD NEWS

Buso considera que os elevados gastos públicos do governo representam outro impasse. Apesar de índices como a inflação de alimentos não pressionarem a economia, a falta de compromisso em reduzir a dívida pública dificulta o cumprimento do arcabouço fiscal.

“E a questão é que o arcabouço está aí, o arcabouço, em tese, na foto, vem sendo cumprido, mas a questão é que, de exceção em exceção, os gastos continuam e, para cobrir esses gastos, há a trajetória de elevação da dívida pública. Então, enquanto se coloca recursos na economia vindos de endividamento, nós temos uma dificuldade em segurar a inflação também”, conclui o especialista.

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