Prates fecha o trio que vai decidir sobre preço da gasolina
Além do ex-senador do PT, Sergio Caetano e Claudio Schlosser farão parte do grupo
Economia|Do R7, com Estadão Conteúdo
O gestor Sergio Caetano Leite foi indicado à diretoria financeira da Petrobras. Se o nome for aprovado, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, fechará o trio que poderá decidir sobre reajustes nos preços dos combustíveis.
Além dos dois, também fará parte do grupo o escolhido para a diretoria de Comercialização e Logística, Claudio Schlosser. Ele foi um dos cinco nomes anunciados para a diretoria executiva da Petrobras em 2 de fevereiro.
Pelas regras da estatal, decisões sobre reajustes são tomadas em conjunto pelo presidente e pelos diretores financeiros e de comercialização e logística. Estes cargos ainda ocupados por Rodrigo Araújo e Cláudio Mastella.
Portanto, renovado só parcialmente com a chegada de Prates, esse trio decisor promoveu um único reajuste: a redução de 8,9%, ou R$ 0,40 no preço do litro do diesel da Petrobras, em 8 de fevereiro.
As medidas seguem a política da companhia de equiparar os preços no Brasil ao mercado internacional, o PPI (Preço de Paridade de Importação). Na prática, se o barril de petróleo ficar mais caro no exterior ou o dólar aumentar, o valor cobrado nas bombas deve crescer.
Na verdade, o que pode ocorrer é um maior intervalo de tempo entre os reajustes de preço implementados pela Petrobras. Portanto, se isso se confirmar, demorará mais para que sejam alterados os valores cobrados nas bombas.
Ainda, analistas definiram o movimento de Prates como "técnico" e em linha com a dinâmica de reajustes da gestão anterior, em que a Petrobras acompanha só parcialmente a variação de preço no comércio estrangeiro.
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Segundo os consultores Pedro Shinzato, da StoneX, e Bruno Páscoa, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, havia espaço para reduzir o litro do diesel em pouco mais de R$ 0,60, quando a Petrobras optou pelo corte de R$ 0,40.
Indicados
Os dois indicados à diretoria da Petrobras aguardam as aprovações da empresa. No entanto, fontes de mercado e da estatal avaliam que eles não devem enfrentar dificuldades.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo