Preço do cacau atinge maior valor de todos os tempos na Bolsa de Londres
Valorização eleva para R$ 19.394 o valor da tonelada da amêndoa, preço mais alto desde o início da negociação, em 1920
Economia|Do R7
Os preços do cacau atingiram uma máxima histórica nesta terça-feira (17), com a demanda pelas amêndoas aparentemente se mantendo positiva, apesar do aumento constante dos custos, disseram especialistas.
Investidores financeiros foram apontados como os principais impulsionadores dos preços na Intercontinental Exchange em Londres, onde o contrato de março do cacau atingiu o pico de R$ 19.394 (3.155 libras) por tonelada, o preço mais alto desde o início da negociação de futuros de cacau em 1920. O contrato de março fechou em alta de 1%, a R$ 19.302 (3.140 libras) por tonelada.
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"Os números de moagem têm sido melhores do que o esperado até agora, então ainda não há indicação de que os preços elevados estejam levando à destruição da demanda", disse Steve Wateridge, chefe global de pesquisa da TRS (Tropical Research Services).
O analista estava se referindo aos dados de processamento de cacau europeu do terceiro trimestre divulgados na semana passada. A quantidade processada caiu menos do que o esperado, 0,9% em relação ao ano anterior.
Outros fundamentos positivos, segundo negociadores, incluem a chegada lenta de cacau aos portos na África Ocidental e o fato de que o equilíbrio global de oferta está caminhando para um terceiro déficit consecutivo. O contrato dezembro do cacau em Nova York fechou em alta de R$ 221,7 (US$ 44), ou 1,2%, a R$ 18.312 (US$ 3.635) a tonelada.
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Em outras commodities agrícolas, o março do açúcar bruto subiu R$ 2,22 (US$ 0,44), ou 1,6%, a R$ 138,5 (US$ 27,49) por libra-peso, ficando apenas um pouco abaixo da máxima de 12 anos atingida no mês passado.
O adoçante continua sendo sustentado pelo clima mais seco do que o normal na Ásia, enquanto o açúcar refinado (contrato de dezembro) subiu R$ 70 (US$ 13,90), ou 1,9%, a R$ 3.722 (US$ 738,90) por tonelada.