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Preço médio do etanol dispara 4,5% nos postos em uma semana

o combustível aumentou em 21 estados e no Distrito Federal e ficou competitivo ante a gasolina somente em Goiás

Economia|R7, com Agência Estado

Em São Paulo, o preço médio do etanol ficou em R$ 5,036 o litro, alta de 5,89%
Em São Paulo, o preço médio do etanol ficou em R$ 5,036 o litro, alta de 5,89% Em São Paulo, o preço médio do etanol ficou em R$ 5,036 o litro, alta de 5,89%

O preço médio do etanol hidratado subiu 4,53% nos postos de combustíveis do país, na semana passada em relação à anterior, de R$ 5,014 para R$ 5,241 o litro. De acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o combustível aumentou em 21 estados e no Distrito Federal. Já em outros quatro estados o preço caiu e, no Amapá, permaneceu estável. 

O etanol ficou mais competitivo ante a gasolina somente em Goiás. Para valer a pena a utilização do combustível, os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos.

Na semana, a paridade ficou em 69% em Goiás. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 72,60% ante a gasolina, portanto menos favorável do que o derivado do petróleo. Em São Paulo, onde geralmente o etanol é mais competitivo do que a gasolina, a situação se inverteu, com paridade de 72,72%.

Executivos do setor afirmam que o etanol pode ser competitivo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Variação de preços

Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do etanol hidratado ficou em R$ 5,036 o litro, alta de 5,89% ante a semana anterior.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 4,099 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 4,927, foi registrado em Mato Grosso. O preço máximo, de R$ 7,696 o litro, foi verificado em um posto do Rio Grande do Sul. Já o maior preço médio estadual, de R$ 6,450, foi observado no Amapá.

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Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 12,81%. O estado com maior alta no período foi Mato Grosso com 17,23% de valorização mensal do etanol, para R$ 4,927. Na apuração semanal, a maior alta porcentual de preço, de 5,89%, foi observada em São Paulo.

Em março, a procura por etanol nos postos de combustíveis havia aumentado após alta no preço da gasolina. De acordo com a Unica (Associação Brasileira da Indústria da Cana-de-Açúcar), que representa as usinas e unidades de produção, as vendas do etanol hidratado, que vai da bomba diretamente para o tanque do veículo, subiram 26,20% em fevereiro, em comparação a janeiro deste ano.

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Álcool ou gasolina: a regra dos 70%

Desde que os carros flex começaram a se popularizar, em meados dos anos 2000, a regra mais divulgada para decidir entre álcool e gasolina é a dos 70%.

Isso porque, de maneira geral, o consumo dos automóveis era 30% maior com o combustível vegetal. Desse modo, para que abastecer com álcool fosse mais barato, seu preço deveria ser equivalente a, no máximo, 70% do preço da gasolina. Caso contrário, o derivado de petróleo continuaria sendo mais vantajoso para o bolso.

Para calcular essa relação, basta multiplicar o preço do álcool por 100 e dividir pelo preço da gasolina: se o resultado for maior que 70, o valor mais baixo não compensará o consumo maior.

No entanto, com a modernização dos motores, essa regra dos 70% pode não representar a realidade para todos os automóveis no mercado. Quando o carro apresenta um bom rendimento com etanol, pode valer a pena abastecer com ele mesmo que o preço esteja na casa dos 75%.

Sendo assim, o ideal é observar os dados de consumo do seu carro. Melhor ainda é fazer testes com álcool e gasolina, comparando os dados do computador de bordo. Se o seu carro consumir apenas 20% a mais com etanol, por exemplo, a regra para você será com 80% — e não com 70%, como aponta o senso comum.

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