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Preço nos supermercados supera inflação no primeiro semestre

Segundo a Abras, os alimentos ficaram 10,41% mais caros nas prateleiras, percentual bem superior ao aumento de preços geral  registrado no período pelo IBGE, de 5,49% 

Economia|Camila Nascimento, do R7*

O valor médio da cesta básica de janeiro a junho saltou de R$ 709,63 para R$ 773,44
O valor médio da cesta básica de janeiro a junho saltou de R$ 709,63 para R$ 773,44

O preço dos alimentos de largo consumo nos supermercados registrou uma aceleração de 10,41% no primeiro semestre de 2022, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O percentual é superior ao registrado pela inflação oficial do período, de 5,49%, que é medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A comparação mostra como os itens do grupo vêm pesando no bolso dos consumidores. O valor médio da cesta básica de janeiro a junho saltou 9%, de R$ 709,63 para R$ 773,44. Os mesmos produtos de largo consumo apurados pela Abras para o cálculo custavam R$ 765,82, variação de 0,99%. Nos últimos 12 meses, os itens acumulam alta de 16,8% e, em julho de 2021, eles podiam ser comprados nos supermercados por R$ 668,55. 

Os produtos com maior variação nos supermercados durante os seis primeiros meses do ano foram a batata (55,81%), a cebola (48,13%), o leite (41,77%) e o feijão (40,97%). Já os itens com maior alta em junho ante maio foram o leite, que subiu 10,72%, o feijão (9,74%) e a farinha de trigo (3%). 

Preço da cesta básica por região

A cesta básica mais cara, de acordo com a pesquisa Abras é a da região Sul, que em junho custava R$ 878,74, variação de 13,69% no semestre, seguida pelos estados do Norte, onde os produtos têm valor médio de R$ 833,64, após uma alta de 8,38% nos últimos seis meses. 


No Sudeste, o preço da cesta básica é de R$ 755,82 e acumula aumento de 11,9% desde de janeiro. Já no Centro-Oeste, a elevação nos preços durante o período foi de 9,42%. Os produtos custam em média R$ 703,06 na região. 

O Nordeste tem a cesta básica mais barata (R$ 691,63). A variação semestral dos itens foi de 7,63%.


Consumo das famílias

Mesmo com a inflação em um patamar elevado, o consumo das famílias cresceu 0,1% em junho, ante maio. No primeiro semestre, a elevação foi de 2,2%. Na comparação de junho de 2022 com o mesmo mês de 2021, as compras nos supermercados subiram 6,3%. 

*Estagiária sob supervisão de Alexandre Garcia

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