Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (20) para o nível mais baixo em 15 meses devido à preocupação de que os riscos no setor bancário global e um aumento potencial nas taxas de juros dos EUA possam desencadear uma recessão que iria exaurir a demanda por combustível.
Em negociações voláteis, os futuros do petróleo Brent para maio caíam R$ 5,74 (US$ 1,09), ou 1,49%, para R$ 378,8 (US$ 71,88) o barril às 08h35 (horário de Brasília). O contrato de petróleo dos EUA (WTI) para abril recuava R$ 6,06 (US$ 1,15 dólar), ou 1,72%, para R$ 345,6 (US$ 65,59) antes de expirar na terça-feira.
Mais cedo, Brent e WTI atingiram mínimas registradas pela última vez em dezembro de 2021, com o WTI caindo abaixo de R$ 342,5 (US$ 65) o barril. Ambos os índices de referência perderam mais de 10% de seu valor na semana passada, à medida que a crise bancária se aprofundava.
A queda do petróleo ocorre apesar do acordo histórico do UBS, o maior banco da Suíça, para comprar o Credit Suisse em uma tentativa de resgatar o segundo maior banco do país. "O foco do mercado está na atual volatilidade do setor bancário e no potencial para novos aumentos de juros pelo Fed", disse Baden Moore, chefe de pesquisa de commodities do National Australia Bank.
Espera-se que o Banco Central dos EUA aumente as taxas de juros em 0,25 ponto percentual em 22 de março, apesar da recente turbulência no setor bancário, de acordo com a maioria dos economistas consultados.