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Preços do petróleo sobem em meio a troca de ameaças entre EUA e Irã

Valores já haviam saltado mais de 3% na sexta-feira, depois de um ataque aéreo dos EUA matar o comandante militar iraniano Qassem Soleimani

Economia|Do R7

Preço do petróleo atingiu mais alto valor desde abril
Preço do petróleo atingiu mais alto valor desde abril

Os preços do petróleo avançaram nesta segunda-feira (6), com o Brent tocando a marca de US$ 70 por barril (R$ 284), em meio a uma escalada retórica entre Estados Unidos, Irã e Iraque, que aguçou as tensões no Oriente Médio após um ataque aéreo dos EUA matar um importante comandante militar iraniano.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de US$ 0,31, ou 0,45%, a US$ 68,91 (R$ 279) por barril. Mais cedo, o valor de referência internacional chegou a tocar uma máxima de US$ 70,74 (R$ 287).

Já o petróleo dos EUA avançou US$ 0,22 (R$ 0,89), ou 0,35%, a US$ 63,27 (R$ 256) por barril. O WTI atingiu máxima de US$ 64,72 (R$ 262) no dia, o mais alto valor desde abril.

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Após uma forte alta no início da sessão, o petróleo devolveu parte dos ganhos ao longo do dia, diante de crescentes dúvidas sobre a possibilidade de o Irã contra-atacar de uma maneira que afete as ofertas globais da commodity.

"Parece haver o avanço de um diálogo no sentido de que não é do interesse dos iranianos atacar a infraestrutura de petróleo", disse Bob Yawger, diretor de futuros da Mizuho. "Porque qualquer ataque à infraestrutura de petróleo provavelmente desencadearia um rali no barril e isso, por sua vez, possivelmente interromperia as exportações iranianas."


Os preços haviam saltado mais de 3% na sexta-feira, depois que um ataque aéreo dos EUA no Iraque matou o comandante militar iraniano Qassem Soleimani, aumentando as preocupações sobre uma escalada nos conflitos no Oriente Médio e o possível impacto das tensões sobre o fornecimento de petróleo.

A região é responsável por quase metade da produção mundial de petróleo, enquanto um quinto dos embarques mundiais da commodity passa pelo Estreito de Ormuz.


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No domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor sanções ao Iraque, o segundo maior produtor da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), caso as tropas dos EUA sejam forçadas a se retirar do país.

Antes disso, o governo do Iraque havia pedido aos EUA e a outras tropas estrangeiras que deixassem o país. Trump também disse que os EUA vão retaliar o Irã caso Teerã contra-ataque em resposta à morte de Soleimani.

"A situação traz muita incerteza e exige uma leitura geopolítica das reações. Embora o fechamento do Estreito de Ormuz siga um evento bastante improvável, a deterioração (da situação) no Iraque representa riscos à oferta", disse o chefe da área econômica do banco suíço Julius Baer, Norbert Rucker.

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