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Prévia da inflação desacelera pelo segundo mês seguido, mas preços de transportes aumentam

Nos últimos 12 meses, IPCA-15 acumulou alta de 4,45%, encostando no teto da meta estabelecida pelo governo

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

IPCA-15 teve alta de 0,30% em julho Marcelo Camargo/Agência Brasil

A prévia da inflação oficial do país voltou a desacelerar e ficou em 0,30% em julho, mostram dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (25). O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) teve uma queda de 0,09 ponto percentual em relação a junho, quando marcou 0,39%.

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Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 4,45%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado encosta no limite do teto da meta seguida pelo Banco Central, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima (4,5%).

Para efeitos de comparação, em julho de 2023, a taxa ficou negativa em 0,07%.

IPCA-15 - Prévia da inflação oficial Luce Costa/Arte R7

Passagens aéreas mais caras

O resultado de julho foi influenciado pelo aumento nos preços do grupo transportes (0,23%), puxado pela alta das passagens aéreas, que subiram 19,21% no mês. No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023.


Em relação aos combustíveis (1,39%), o etanol (1,78%), a gasolina (1,43%) e o óleo diesel (0,09%) tiveram alta no mês. O gás veicular foi o único que registrou resultado negativo (-0,25%).

Alta da energia elétrica residencial

Segundo o instituto, sete dos nove grupos tiveram resultados positivos em julho. No grupo habitação, a alta foi influenciada pela energia elétrica residencial (1,2%). No mês, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh consumidos.


Ainda em habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,22%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 9,85% em Brasília (5,02%), a partir de 1º de junho; e de 2,95% em Curitiba (0,09%), a partir de 17 de maio.

Por região

Quanto aos índices regionais, dez das onze áreas de abrangência tiveram alta em julho. A maior variação foi registrada em Brasília (0,61%), em função das altas da passagem aérea (13,68%), da taxa de água e esgoto (5,02%) e da gasolina (2,94%). Já o menor resultado ocorreu em Recife (-0,05%), que registrou queda nos preços do tomate (-37,13%) e da cenoura (-28,27%).


Moradores de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Goiânia também sentiram impacto dos preços em julho, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de junho a 15 de julho de 2024. São consideradas para o estudo as famílias com renda entre um (R$ 1.412) e 40 salários mínimos (R$ 56.480) que vivem nas regiões metropolitanas do país.

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