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‘Prévia do PIB’ perde força, mas cresce pelo 3º mês seguido em outubro, mostra Banco Central

Dados indicam que geração de bens e serviços no país aumentou 0,14%, enquanto o resultado registrado em setembro foi 0,84%

Economia|Do R7, em Brasília

Dados foram divulgados nesta sexta pelo IBGE Reprodução/Agência Brasil/Arquivo

A economia brasileira cresceu 0,14% em outubro na comparação com setembro, mostram dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) divulgados nesta sexta-feira (13), pelo Banco Central. O resultado mostra que, apesar da terceira alta seguida, a economia brasileira perdeu força, já que em setembro a alta registrada foi de 0,84% na comparação com agosto.

Considerado uma “prévia do PIB (Produto Interno Bruto), o indicador é conhecido por antecipar o resultado da soma de todos os bens e produtos finais produzidos no país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quinta-feira (12) que o PIB do Brasil será de 3,5% em 2024 (veja declaração completa abaixo).

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No acumulado deste ano, o índice teve alta de 3,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IBC-Br teve uma expansão foi de 3,4%.

Resultados anteriores

Julho - Queda

Em julho, a economia brasileira caiu 0,4%, após três meses de alta. Na comparação com julho de 2023, o IBC-Br teve alta de 5,3%, enquanto no acumulado em 12 meses a expansão foi de 2%. No consolidado do trimestre encerrado em julho, o indicador encerrou com alta de 1,3%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 3,2%.


Agosto

A atividade da economia em agosto apresentou alta de 0,2%, na comparação com julho. na comparação com agosto de 2023, os dados mostram que o IBC-Br cresceu 3%.

Setembro

A economia brasileira subiu 0,84% em setembro na comparação com agosto. Na comparação com setembro de 2023, o IBC-Br teve alta de 5,1%, enquanto no acumulado em 12 meses a expansão foi de 3%.


IBC-Br e taxa de juros

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 12,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia — indústria, comércio e serviços e agropecuária —, além do volume de impostos.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.


PIB de 2024 será 3,5%, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quinta-feira (12) que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil será de 3,5% em 2024. A declaração foi dada durante participação na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, chamado de Conselhão, em Brasília. O número dado pelo responsável pela área econômica é 0,2% maior do que a previsão elaborada pela pasta.

“Vamos ter um crescimento esse ano de cerca de 3,5% do PIB, com a menor taxa de desemprego da série histórica, com a menor taxa de miséria da série histórica, com o menor número de nem-nens [jovens que não trabalham nem estudam], que é um nome que eu nem gosto, da série histórica. Ou seja, se a gente cuidar da economia brasileira, e eu agradeço esse conselho por estar apoiando as medidas de contenção de gastos necessárias para que nós continuemos a crescer”, afirmou Haddad.

No mês passado, Secretaria de Política Econômica da Fazenda elevou a previsão de crescimento do PIB para 2024, passando de 3,2% para 3,3%. A revisão para cima foi impulsionada por um desempenho mais robusto da economia no terceiro trimestre deste ano, superando as expectativas e indicando uma recuperação econômica mais forte. As estimativas de inflação também ficaram maiores, com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) prevendo uma alta de 4,40% em 2024, ligeiramente acima dos 4,25% previstos.

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