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Previsão da taxa de juros aumenta para fim de 2023, diz Banco Central

Após divulgação do boletim Focus, dólar permanecia estável nesta manhã de segunda-feira

Economia|Do R7, com Estadão Conteúdo

Lula tem criticado a atuação do Banco Central, que mantém a taxa de juros em quase 14%.
Lula tem criticado a atuação do Banco Central, que mantém a taxa de juros em quase 14%. Lula tem criticado a atuação do Banco Central, que mantém a taxa de juros em quase 14%.

A Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, deverá passar de 12,50% ao ano para 12,75% ao ano. É o que prevê o Boletim Focus, que reúne expectativas dos agentes de mercado, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (13).

Em resumo, a Selic é o custo do dinheiro no Brasil. Se ela aumenta, fica mais caro de conseguir um empréstimo em um banco, por exemplo. Hoje, ela está em 13,75% ao ano.

Com a indicação do Banco Central de que deve manter a taxa no atual patamar por ainda mais tempo, as expectativas para os juros básicos no fim de 2023 e 2024 ficaram maiores.

No Boletim Focus, a mediana para o fim de 2023 passou de 12,5% para 12,75% ao ano, enquanto para o término 2024 avançou de 9,75% para 10,%. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,5% e 9,25%, respectivamente.

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Briga com Lula

A Selic tem sido alvo de críticas do presidente Lula da Silva (PT) e parlamentares alinhados ao governo no Congresso Nacional. O principal deles tem sido o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Os políticos defendem que o Banco Central deve baixar a taxa de juros. Além disso, eles alegam que a atual meta de inflação, fixada em 3%, está baixa. A ideia do governo Lula é a de que, com maior inflação, maior o crescimento da economia.

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Nesse contexto, o chefe do Executivo tem feito declarações contrárias à autonomia do presidente do BC. Roberto Campos Neto, associado ao bolsonarismo, ocupa do cargo e tem mandato até o final do ano que vem.

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"Ele (Henrique Meirelles, presidente do BC entre 2003 e 2011, indicado por Lula) tinha 99,99% de independência. O governo precisa ter condições de discutir taxa de juros, taxa da inflação e a questão do emprego. Não é só a meta da inflação, tem de ter meta de crescimento e geração de emprego", disse o petista.

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Na primeira reunião da autarquia para discutir o assunto durante o novo governo petista, o órgão afirmou que a incerteza fiscal e o fato da inflação (hoje, em 5,77% ao ano) estar longe da meta aumentam o custo da desinflação.

O Banco Central manteve pela quarta reunião consecutiva a taxa Selic em 13,75% ao ano.

"O Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação", destacou o BC.

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