A indicação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) de que a economia brasileira encolheu 0,64% no terceiro trimestre foi acompanhada de uma piora das expectativas de avanço do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — neste ano.
Segundo as projeções apresentadas nesta segunda-feira (20) pelo Boletim Focus, do BC (Banco Central), os analistas do mercado financeiro cortaram de 2,89% para 2,85% a expectativa de crescimento da economia nacional em 2023.
As previsões negativas vêm acompanhadas da expectativa de aumento do saldo positivo da balança comercial, de US$ 76 bilhões para US$ 77 bilhões neste ano. Para os próximos, há expectativa de reduções progressivas na taxa, mas com melhora do valor na comparação com as estimativas passadas.
Os analistas consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) também mantiveram a expectativa de crescimento da economia nacional para os próximos três anos em, respectivamente, 1,5%, 1,5% e 2%.
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Na semana passada, a prévia do BC, coletada de uma base similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que a economia brasileira recuou 0,06% em setembro, após baixa de 0,8% apurada em agosto. Com as duas baixas, a atividade econômica retraiu 0,64% entre julho e setembro. Com as oscilações, o IBC-Br figura no menor nível desde maio (146,74 pontos), mas ainda acumula aumento de 2,77% neste ano e de 2,5% nos últimos 12 meses.
Mesmo com os dados positivos, as expectativas de avanço da economia nacional em 2023 continuam sendo guiadas pelo desempenho positivo do agronegócio nos primeiros meses do ano. Para o segundo semestre e o próximo ano, as previsões sinalizam desaceleração.