Previsão do mercado para a inflação de 2023 recua a 6,02%

No aguardo pela divulgação oficial da inflação de abril, o mercado financeiro reduziu, pela primeira vez em seis semanas, a expectativa de alta dos preços da economia brasileira, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (8) pelo BC (Banco Central).

Com a atualização, a previsão atual feita com base em estimativas é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano em 6,02%, ante alta prevista de 6,05% na semana passada.

Caso a nova expectativa seja confirmada, a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).

O último RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do BC prevê alta de 5,8% do IPCA neste ano. De acordo com o documento, a probabilidade de a alta furar o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 57% para 83%.

· Compartilhe esta notícia no WhatsApp

· Compartilhe esta notícia no Telegram

Para o mês de abril, a previsão é de que a taxa a ser apresentada na próxima sexta-feira (12) corresponda a uma alta de 0,55%. Já em maio e junho, os analistas preveem de, respectivamente, 0,45% e 0,52% do índice oficial de preços.

Para 2024, as expectativas para o índice oficial de preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recuou de 4,18% para 4,16%. Já as projeções para 2025 e 2026 permanecem em 4% para ambos os anos.

Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar segue em R$ 5,20. Para os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a projeção caiu pela primeira veze em 23 semanas e passou para uma alta de 10,7% neste ano.