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Principal encargo na conta de luz deve subir para R$ 52,7 bi em 2026, aponta Aneel

Proposta de orçamento da CDE deverá ser avaliada pela diretoria do órgão regulador em reunião na próxima terça-feira

Economia|Da Reuters

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Projeção da Aneel indica que a CDE alcançará R$ 52,6 bilhões em 2026, um aumento de 7% em relação a 2025.
  • R$ 47,8 bilhões do orçamento serão arcados pelos consumidores através da conta de luz.
  • Aumento no orçamento reflete mais subsídios para projetos eólicos, solares e Tarifa Social para pessoas de baixa renda.
  • O governo implementou uma lei que estabelece um teto de gastos para a CDE a partir de 2027.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Linhas de transmissão de energia elétrica em Brasília
Principal encargo cobrado na conta de luz terá aumento de 7% em 2026 Ueslei Marcelino/Reuters - 6.6.2022

O orçamento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), principal encargo cobrado na conta de luz, alcançará R$ 52,6 bilhões em 2026, um aumento de 7% ante 2025, à medida que consumidores têm seus custos elevados por subsídios, segundo cálculos em documento da área técnica da agência reguladora Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A proposta de orçamento da CDE deverá ser avaliada pela diretoria do órgão regulador em reunião na próxima terça-feira (9).


A CDE é uma espécie de “superfundo” do setor elétrico, que banca uma série de políticas públicas e é custeada majoritariamente pelos consumidores de energia.

Do orçamento total de 2026, R$ 47,8 bilhões serão arcados pelos consumidores de energia via encargo na conta de luz.


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Os valores da CDE vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos, na esteira da concessão de uma série de subsídios no setor elétrico. O orçamento, que em 2020 era inferior a R$ 22 bilhões, passou para R$ 37 bilhões em 2024 e escalou para R$ 49,3 bilhões neste ano. Para frear a alta, o governo conseguiu aprovar uma lei que impõe um teto de gastos para a CDE a partir de 2027.

Segundo a nota técnica da Aneel, a ampliação de R$ 3,4 bilhões das despesas da CDE ante 2025 reflete sobretudo aumento nos subsídios aos grandes projetos eólicos e solares, que têm descontos tarifários no uso dos sistemas de transmissão e distribuição, e também aos pequenos sistemas solares distribuídos.


Para as grandes usinas renováveis, os subsídios aumentaram em R$ 2,7 bilhões ante 2024, enquanto para a geração distribuída, a alta foi de R$ 3,2 bilhões.

Também pesou no orçamento da CDE em 2026 um aumento de R$ 2,6 bilhões nos gastos com a Tarifa Social, após medida do governo federal que ampliou a gratuidade da conta de luz para a população de baixa renda.


Esses aumentos foram compensados, em parte, por menores gastos previstos com subsídios ao carvão mineral nacional, com redução de R$ 1 bilhão, devido à mudança da contratação da usina Jorge Lacerda (SC) para energia de reserva — o que, por sua vez, também implica custos aos consumidores, mas sob a forma de outro encargo.

Também houve diminuição da previsão de gastos na conta CCC, que subsidia combustíveis fósseis para geração termelétricas em sistemas isolados e que não recebem energia da rede elétrica nacional. A redução, de cerca de R$ 1,1 bilhão, está associada à conexão de Roraima ao SIN (Sistema Interligado Nacional).

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