Produção industrial cresce em 7 de 15 locais pesquisados em janeiro
Alta de 0,4% na média nacional foi puxada pelo bom desempenho do setor de veículos SP, principal influência positiva, diz IBGE
Economia|Do R7
A produção industrial apresentou alta em sete dos 15 locais analisados pela PIM (Pesquisa Industrial Mensal) Regional, do IBGE, na passagem de dezembro para janeiro de 2021. Na média nacional, o acréscimo foi de 0,4% na série com ajuste sazonal. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10).
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O resultado positivo foi puxado pelo bom desempenho do setor de veículos automotores de São Paulo, principal influência positiva.
“São Paulo representa aproximadamente 34% da produção industrial brasileira. Em janeiro, a indústria no estado subiu 1,1%, principalmente, pela influência positiva do setor de veículos automotores, garantindo a terceira taxa positiva consecutiva e acumulando, neste período, alta de 3,5%", explica o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.
"No índice mensal, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o setor de veículos também lidera o crescimento de 5,6% da indústria paulista, com destaque para o aumento na produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, seguido pelo setor de máquinas e equipamentos, com aumento na produção de elevadores para transporte de pessoas”, acrescenta.
Na análise de local a local, as expansões mais acentuadas foram no Pará (4,4%), Pernambuco (3,6%) e Rio de Janeiro (2,9%), enquanto os recuos mais intensos foram no Espírito Santo (-13,4%) e Amazonas (-11,8%).
Em relação à média móvel trimestral, nove dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas no trimestre terminado em janeiro, com destaque para Rio Grande do Sul (2,5%), Santa Catarina (2,0%), Paraná (1,8%), Ceará (1,7%) e São Paulo (1,2%.
Recuperação lenta
Já no acumulado dos últimos 12 meses, 13 dos 15 locais pesquisados assinalaram taxas negativas em janeiro de 2021.
“Esses crescimentos podem ser explicados por uma base de comparação baixa, pois, desde o final de 2019, a indústria vinha apresentando uma queda no ritmo de produção antes mesmo de a pandemia chegar”, esclarece Almeida.
Bahia (-13,9%), Mato Grosso (-13,9%) e Espírito Santo (-11,5%) apontaram os recuos mais intensos em janeiro de 2021 em relação a janeiro de 2020.
Na Bahia, o setor de veículos automotores foi o que mais impactou neste tipo de comparação, devido à diminuição na produção de automóveis e autopeças.
Mato Grosso foi afetado pela queda em produtos alimentícios, produtos de madeira e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis.
E no Espírito Santo devido ao freio em atividades de metalurgia, indústrias extrativas e produtos alimentícios.