Projeção de crescimento da economia em 2023 supera 2%
Melhora da expectativa para o desempenho do PIB vem aliada com dados do primeiro trimestre e previsões sobre contas públicas e balança comercial
Economia|Do R7
Pela primeira vez desde o fim de 2021, os analistas do mercado financeiro observam que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — vai superar os 2% em 2023.
A expectativa otimista apresentada nesta segunda-feira (19) pelo BC (Banco Central) estima que a economia nacional vai avançar 2,14%, na comparação com 2022.
O dado apresentado pelo Relatório Focus corresponde à sexta revisão positiva seguida do indicador, que tem agora a maior projeção desde outubro de 2021, quando os analistas avaliavam que a economia nacional cresceria 2,2% em 2023.
Contribuem positivamente para a melhora das expectativas sobre o PIB deste ano o salto de 1,9% da economia no primeiro trimestre, puxado pelo crescimento de 21,6% da agropecuária, ramo que apresentou a maior alta desde o quarto trimestre de 1996, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na semana passada, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), conhecido por sinalizar o andamento da atividade econômica nacional, mostrou que a economia brasileira abriu o segundo trimestre também no azul, com alta de 0,56% em abril. Com o resultado, o indicador alcançou os 148,75 pontos, maior nível desde dezembro de 2013.
A previsão vem acompanhada também da expectativa de redução do déficit da conta corrente nacional, de US$ 47,5 bilhões para US$ 45,29 bilhões, e de aumento do saldo positivo da balança comercial, de US$ 59,2 bilhões para US$ 61,15 bilhões.
Próximos anos
Apesar da expectativa de crescimento econômico maior neste ano, os analistas reduziram, pela terceira semana seguida, as projeções de alta do PIB (Produto Interno Bruto) para o ano que vem, de 4,04% para 4%.
Para 2025, a projeção atual mantém em 1,8% a aposta de avanço da economia. Já para 2026, os dados são melhores pala terceira semana consecutiva e passaram de 1,95% para 1,99%. Há quatro semanas, a previsão era de alta de 1,8%.