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Rede chinesa Shein planeja cinco lojas temporárias no Brasil em 2023

Em novembro, inauguração de unidade em São Paulo registrou tumulto e longas filas de clientes

Economia|Do R7

Loja temporária que a Shein abriu em São Paulo teve tumulto e longas filas
Loja temporária que a Shein abriu em São Paulo teve tumulto e longas filas Loja temporária que a Shein abriu em São Paulo teve tumulto e longas filas

A varejista chinesa Shein planeja inaugurar cinco lojas no formato pop-up, ou seja, temporárias, no Brasil no ano que vem. As cidades nas quais as lojas serão abertas não foram confirmadas pela empresa de ecommerce, nem a data de inauguração ou por quanto tempo permanecerão em funcionamento.

Em novembro, a Shein manteve uma loja temporária no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, a primeira no país a realizar vendas físicas fora do aplicativo da marca.

A inauguração causou tumulto, com clientes que esperavam para conhecer a unidade se estapeando por causa da desorganização das longas filas que se formaram do lado de fora. Na estreia, o estabelecimento teve que encerrar o expediente da loja temporária mais cedo, às 17h30.

Após o episódio, a empresa decidiu distribuir até 500 senhas por dia, estabelecer um limite de tempo de 20 minutos de permanência na unidade e ainda restringir o número de peças por cliente dentro do provador. Com 265 metros quadrados, a unidade temporária da Shein era voltada ao público jovem, com ambientes pensados para que os clientes tirassem fotos para as redes sociais. A loja ficou aberta por apenas cinco dias.

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Outra iniciativa do tipo no país ocorreu em março passado, com a abertura de uma loja pop-up no Village Mall, na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, não havia vendas físicas.

Negócios

Ao receber um aporte de 1 bilhão de dólares em abril deste ano, a Shein foi avaliada em 100 bilhões de dólares (R$ 520 bilhões), e se tornou a terceira startup mais valiosa do mundo. À frente dela estão as empresas de tecnologia Bytedance (dona do aplicativo TikTok), avaliada em 140 bilhões de dólares, e a fabricante de foguetes SpaceX, em 127 bilhões de dólares.

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A Shein foi fundada em 2008 por Chris Xu e, desde então, atua no comércio eletrônico de roupas. Sua estratégia consiste em uma plataforma tecnológica de gestão de produtos e de lojistas e vende em seu site versões mais baratas de roupas que estão na moda. A empresa é a maior loja online de vestuário do mundo.

Com popularidade crescente no Brasil, o aplicativo da Shein foi o mais baixado no ano passado no setor de moda, com 23,8 milhões de downloads no país, três vezes mais que seu concorrente próximo, as Lojas Renner.

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A Shein afirma que o investimento no Brasil acontece por ser um mercado estratégico na América Latina. De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o setor deve encerrar o ano com faturamento de R$ 169,6 bilhões, o que representa um crescimento de mais de R$ 18 bilhões em relação a 2021.

A adoção das compras no comércio eletrônico entre os consumidores brasileiros atraiu a atenção de empresas asiáticas, que passaram a disputar território com as brasileiras. Além da Shein, a Shopee ampliou seus esforços de expansão no país, com promoções em datas como o Dia do Solteiro e frete gratuito para produtos selecionados.

Na mira

O crescimento da Shein nos últimos anos, acompanhado pela estratégia de venda de produtos com preços baixos, despertou suspeitas de entidades sobre violações de direitos humanos, com acusações de condições de trabalho análogas à escravidão.

Em dezembro do ano passado, funcionários de seis locais de Guangzhou, na China, trabalhavam 75 horas por semana, segundo relatório do grupo de defesa suíço Public Eye. Uma reportagem da agência Reuters também afirmou que a Shein violava uma lei antiescravagista na Austrália.

A companhia disse que as suas fábricas são certificadas pela Organização Internacional de Normalização (ISO) e SA8000 (norma internacional de responsabilidade social).

Globalmente, a Shein alcança consumidores em mais de 190 países, e os Estados Unidos são seu maior mercado. A empresa faturou 16 bilhões de dólares no primeiro semestre e deve terminar 2022 com 30 bilhões de dólares.

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