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Safra recorde e chuva: as apostas do Ministério da Economia para garantir PIB acima do esperado

Enquanto o boletim Focus projeta 0,49% de crescimento da economia neste ano, pasta reduz de 2,1% para 1,5% suas expectativas para o fim de 2022

Economia|Do R7

Se não faltar chuva, PIB cresce 1,5%, diz governo
Se não faltar chuva, PIB cresce 1,5%, diz governo Se não faltar chuva, PIB cresce 1,5%, diz governo

A Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, reduziu na quinta-feira (17) sua projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2022, mas manteve as expectativas bem acima das dos especialistas do mercado. Os técnicos do governo justificam o otimismo citando principalmente a recuperação da agropecuária, após a "maior crise hídrica em quase cem anos" e as estimativas de safra recorde.

A secretaria apostou que o ano termina com 1,5% de crescimento da economia, menos que os 2,1% projetados em novembro de 2021 pelo mesmo órgão. Os dois percentuais oficiais estão, no entanto, pelo menos três vezes acima do que trouxe o boletim Focus de segunda-feira (14), segundo o qual os economistas do mercado financeiro ouvidos semanalmente pelo Banco Central arriscam 0,49% de PIB no fim de 2022.

Para achar dados positivos, a Secretaria de Política Econômica foi buscar a previsão de safra recorde nos próximos meses e apostou no fim da seca, que comprometeu a produção em 2021.

De acordo com a secretaria, apesar dos "efeitos da maior incerteza global, decorrente da guerra na Ucrânia", e de a projeção mundial ser de PIBs mais baixos em 2022, os fundamentos para o crescimento do Brasil continuam presentes, "principalmente com o possível arrefecimento dos choques negativos de oferta como a crise hídrica, quebra de cadeias de valor e pandemia".

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O órgão do Ministério da Economia estima que o setor agropecuário cresça 1,2% entre janeiro e março em relação ao quarto trimestre de 2021 (com ajuste sazonal). O avanço no entanto torna-se recuo se for comparado ao mesmo período do ano passado, com queda de 3,0% na produção.

De acordo com a análise do documento divulgado na quinta-feira, a virada acontecerá nos próximos meses, isso se for comprovada a estimativa do LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que prevê aumento de 3,3% na produção de grãos neste ano em relação à safra de 2021.

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"Esse desempenho deve resultar em 261,6 milhões de toneladas de grãos em 2022, representando uma safra recorde", destaca a secretaria. "Espera-se que a área a ser colhida seja 3,9% maior que a de 2021."

Os três últimos meses do ano passado, com a chegada das chuvas, já foram de recuperação da agricultura e da pecuária no país. Enquanto o PIB nacional subiu 0,5% em relação ao trimestre anterior, a agropecuária saltou 5,8% no mesmo período.

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Além do avanço do PIB no campo, a Secretaria de Política Econômica espera que outros fatores impulsionem o crescimento em 2022. Entre eles, "a taxa de poupança elevada no país, a recuperação do setor de serviços, a contínua melhora do mercado de trabalho e o robusto investimento, tanto privado como em parceria com o setor público".

O órgão faz a ressalva, entretanto, de que "existem riscos neste ano a serem monitorados, notadamente a guerra na Ucrânia e seus impactos nas cadeias globais de valor, que já apresentam gargalos devido à pandemia. Adicionalmente, o risco da pandemia sobre o crescimento econômico e a inflação continuam sendo avaliados."

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