Salário médio dos trabalhadores do setor de serviços chega a quase R$ 2.788, diz IBGE
São Paulo foi a unidade da Federação com o maior valor daquele ano, segundo o IBGE, com média de R$ 3.514,80 aos empregados no setor
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
O setor de serviços pagou, em média, 2,3 salários mínimos mensais aos trabalhadores brasileiros em 2022, o que foi equivalente a R$ 2.787,60 considerando o valor do salário mínimo daquele ano (R$ 1.212). A maior remuneração foi paga em São Paulo, onde os funcionários receberam, em média, 2,9 salários mínimos (R$ 3.514,80). As informações são da Pesquisa Anual de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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A média de 2,3 salários mínimos permaneceu inalterada em relação a 2013, segundo o IBGE. Embora o indicador tenha ficado estável em 10 anos, houve aumento em alguns setores, como serviços auxiliares financeiros, dos seguros e da previdência complementar (1,4 salário mínimo ou R$ 1.976,80), tecnologia da informação (0,6 salário mínimo ou R$ 847,20) e serviços pessoais (0,3 salário mínimo ou R$ 423,60).
Em 2022, o setor de serviços registrou um recorde no volume de mão de obra, com um contingente de 14,2 milhões de pessoas ocupadas. Em comparação com 2021, o resultado representou um aumento de 5,8%, ou 773,1 mil pessoas, no volume de trabalhadores.
Por estado
No recorte estadual, São Paulo (2,9 salários mínimos), Rio de Janeiro (2,7 salários mínimos) e Distrito Federal (2,3 salários mínimos) ficaram com as três melhores posições do ranking de salários, respectivamente. Santa Catarina (2,2 salários mínimos) e Rio Grande do Sul (2,1 salários mínimos) fecharam a lista dos cinco primeiros colocados.
Piauí e Roraima empataram na última posição, com remuneração média de 1,3 salário mínimo.
Receita líquida
Segundo a pesquisa, em 2022 o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio foi o mais representativo, sendo responsável por 29,8% da receita operacional líquida do setor de serviços, com incremento de 1,2 ponto percentual em 10 anos.
Em contrapartida, serviços de informação e comunicação foi o que teve maior redução de importância dentro do setor, com queda de 5,6 pontos percentuais.