Sete de cada 10 empregos criados no 2º trimestre foram informais
Relatório divulgado pelo Dieese aponta para a geração de 600 mil novos postos de trabalho entre os meses de abril e junho deste ano
Economia|Alexandre Garcia, do R7
Dos 9,4 milhões de brasileiros inativos ou desocupados que conquistaram uma vaga no mercado de trabalho ao longo do segundo trimestre do ano, 74,2% foram admitidos de maneira informal.
Os dados foram compilados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) com base nos resultados da Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Desemprego recua, mas atinge 12,7 milhões de brasileiros
Segundo o relatório, o mercado de trabalho nacional ganhou 600 mil profissionais na passagem do 1º para o 2º trimestre de 2018.
As informações mostram ainda que 23% (2,1 milhões) dos novos contratados no período atuam sem carteira assinada no setor privado e 35% (3,3 milhões) optaram por trabalhar por conta própria.
Salário mínimo de 2019 pode superar R$ 1.006, diz ministro
Do total de vagas abertas para inativos ou desocupados, somente 17% conquistaram cargos com carteira assinada e apenas 14% contribuíram para a Previdência.
Salário
A remuneração média dos trabalhadores contratados entre os meses de abril e junho deste ano foi de R$ 1.023, valor que equivale a menos da metade da média salarial de R$ 2.128 paga no mercado de trabalho nacional.
Profissionais do Sudeste têm salário 30% maior do que os do Nordeste
Segundo o Dieese, os jovens apresentam um rendimento inferior ao recebido por aqueles com mais idade. Em alguns casos, o salário inicial dos trabalhadores de 60 anos ou mais chega a ser 65% maior do que o dos com até 29 anos.
Os dados ainda revelam que 53% dos novos admitidos foram contratados para atuar por menos de 40 horas semanais. Desses, 35% afirmaram desejar ter jornadas mais longas.