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Setor da construção estima crescimento de 4% em 2021

Previsão em relação ao PIB do setor é otimista, mas empresas temem desabastecimento de materiais e elevação de preços

Economia|Do R7

Setor da construção estima crescimento de 4% em 2021
Setor da construção estima crescimento de 4% em 2021

O setor da construção civil está "otimista" para 2021, mas mantém uma postura conservadora pelo fator de desabastecimento e de elevação de preços, afirmou nesta quinta-feira, 17, o presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins. A expectativa é de que o PIB da construção civil cresça 4% no próximo ano. Se for confirmado, será o maior crescimento do setor desde 2013, quando o PIB avançou 4,5%.

Os números foram divulgados nesta quinta em balanço da Cbic sobre o ano de 2020, junto às perspectivas para 2021. A expectativa é de que a construção civil feche o ano com uma retração de 2,8% no PIB. Martins destacou que, em março, o setor esperava uma queda de até 11%. "No entanto, vamos chegar ao final, em nossas estimativas, com uma projeção de apenas 2,8% negativo e cerca de 100 mil novos postos de trabalho", disse.

Por sua vez, segundo a Cbic, as atividades do setor estão 36% inferiores ao pico observado no início de 2014. "O PIB da Construção Civil do 3º trimestre/20 está no mesmo patamar do observado no início do ano de 2007. A Construção está com o patamar de atividades 4,5% menor do que o observado no último trimestre de 2019, portanto no período pré-pandemia", apontou a entidade.

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Para Martins, a maior ameaça para 2021 continua sendo o problema do desabastecimento e a elevação de preços enfrentada neste ano na construção civil. Ele destacou que os valores continuam subindo e que isso impacta diretamente nos contratos do setor. "Aí entra com todos desajustes, busca de reequilíbrio, que são custosos, novos prazos atrasam cronograma", alertou o presidente da Cbic.

A entidade destacou que de janeiro a novembro, o custo com materiais e equipamentos, dentro do INCC/FGV, registrou alta de 17,72%. Esta é a maior alta para o período da era Pós-Real. De janeiro a maio o custo com materiais e equipamentos, componente do INCC/FGV, aumentou 2,75%. Já de junho a novembro, a alta foi de 14,58%.

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